O número de mortes devido às fortes chuvas que causaram estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul subiu para 165, conforme o balanço divulgado pela Defesa Civil estadual neste sábado.
Após as enchentes, começaram a surgir casos de leptospirose, com mais de 800 casos suspeitos atualmente sendo analisados pelo Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS).
O Lacen, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), monitora o aumento de ocorrências devido ao prolongado período de cheias e à maior exposição da população à doença. Segundo dados atualizados até quinta-feira (23), já foram registradas 1.072 notificações e 54 casos confirmados de leptospirose no estado. Até o momento, o Rio Grande do Sul contabiliza quatro mortes devido à doença, sendo dois homens, de 56 e 50 anos, residentes em Cachoeirinha e Porto Alegre, respectivamente.
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Outros quatro óbitos estão sob investigação por suspeita de leptospirose nas cidades de Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí.
Métodos de análise
Para identificar a doença, o Lacen utiliza dois métodos: biologia molecular (RT-PCR) e diagnóstico sorológico. O RT-PCR detecta a bactéria no organismo do paciente e é recomendado para amostras coletadas nos primeiros sete dias de sintomas. O diagnóstico sorológico, por sua vez, detecta os anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção, sendo indicado para pacientes com sintomas há sete dias ou mais.
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Sobre a doença
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos, presente na água ou lama em áreas com enchentes.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) informou em nota que mantém o monitoramento de algumas doenças e agravos importantes em momentos de enchentes, conforme divulgado no balanço da última quinta-feira (23).
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