Reunir a família durante o natal para degustar a ceia reflete um momento de união importante no fim do ano. Porém, os preços em 2024 podem causar uma mudança na noite dos brasileiros. Essa mudança corresponde ao aumento do dólar que pela primeira vez desde 1994 ultrapassou a marca de R$ 6,00 nesta quinta-feira (28). Isso pode ficar marcado como um aumento pontual, mas se for contínuo será bem vinda a velha e boa pesquisa nos supermercados e feiras da região.
Os preços da tradicional cesta de Natal terão uma alta média de 9,16% em 2024, de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Produtos como azeite de oliva, lombo de porco e espumantes estão entre os itens que mais pressionam o orçamento dos consumidores neste fim de ano.
O azeite de oliva registrou o maior valor, com um aumento de 21,30%, impulsionado pela quebra de safra na Europa, principal fornecedora do produto. O lombo de porco com osso também apresentou uma elevação significativa, de 19,72%, enquanto o suco néctar de laranja subiu 16,19%.
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Outros itens típicos do Natal também sofreram reajustes. A azeitona verde com caroço teve alta de 9,06%, o palmito inteiro subiu 8,48% e o peru ficou 7,50% mais caro. Já o vinho tinto registrou aumento de 8,28%.
O cenário global e os desafios logísticos têm contribuído para o encarecimento dos produtos natalinos. Espumantes, frequentemente importados de países como França, Espanha e Itália, foram fortemente impactados. Entre janeiro e setembro de 2024, o valor FOB (Free on Board) dos espumantes importados pelo Brasil aumentou 17%, totalizando US$ 28,3 milhões, segundo dados da Logcomex. O tipo champanhe teve um reajuste ainda maior, de 30%, alcançando US$ 16,2 milhões no mesmo período.
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As uvas-passas, outro item tradicional da ceia, registraram aumento de 15% no valor FOB, somando US$ 39,3 milhões em importações. Apesar da alta, o volume importado variou pouco. Os principais fornecedores do produto são Argentina, Irã e Uzbequistão.
Embora os preços estejam mais altos, especialistas indicam que o mercado global enfrenta baixa demanda por espumantes e vinhos finos. Essa baixa de demanda é reflexo da cotação do dólar.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,970
- Venda: R$ 5,972
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,859
- Venda: R$ 6,039
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