Uma criança de 1 ano e 3 meses, residente em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, morreu em 19 de setembro de 2024, vítima de meningoencefalite amebiana, doença causada pela ameba Naegleria fowleri, conhecida como "comedora de cérebro". O caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual da Saúde do Ceará, que continuam monitorando a região.
O diagnóstico foi realizado a partir de análises clínicas, laboratoriais e epidemiológicas. Segundo Antonio Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará, em entrevista à CNN Brasil, a confirmação envolveu exames laboratoriais e a análise histológica de tecido encefálico, autorizada pela família da vítima.
Este é o segundo registro de infecção por Naegleria fowleri em seres humanos no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. O primeiro foi documentado em São Paulo, em 1975.
Investigação do caso
Os sintomas começaram em 12 de setembro, quando a criança foi atendida em uma unidade de saúde de Caucaia. O caso foi inicialmente tratado como uma infecção viral, mas evoluiu para manifestações neurológicas graves, levando à suspeita de meningoencefalite amebiana.
Exames laboratoriais realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, confirmaram a presença da ameba. A infecção provavelmente ocorreu em casa, durante o banho, com água possivelmente contaminada de um reservatório comunitário.
Quer mais notícias de saúde? acesse o nosso canal no WhatsApp
Após a identificação da suspeita, equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Ceará (CIEVS/CE) orientaram a comunidade sobre medidas de desinfecção da água e melhoria do abastecimento.
Sobre a Naegleria fowleri
A Naegleria fowleri é uma ameba encontrada em águas quentes, como lagos, rios e açudes. A infecção ocorre quando água contaminada entra pelas narinas, permitindo que a ameba alcance o cérebro, causando uma inflamação grave conhecida como meningoencefalite amebiana primária (PAM).
De acordo com especialistas, a doença é extremamente rara, mas tem alta taxa de letalidade. Não há risco de transmissão pela ingestão de água ou entre pessoas.
A Secretaria da Saúde do Ceará reforça que o evento foi considerado isolado e que medidas foram tomadas para evitar novos casos.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar