A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino.
Apesar dos dados, a taxa de mortalidade por Aids no Brasil foi a menor em uma década, segundo o Ministério da Saúde. O novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta aponta que a taxa em 2023 foi de 3,9% óbitos (10.338), a menor desde 2013, ano do início da série histórica.
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No entanto, houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022, resultado de um aumento da detecção de casos, segundo a pasta, ligado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez.
Quanto ao perfil das pessoas que concentram a maioria dos casos de infecção pelo HIV em 2023, os dados apontam que 70,7% foram notificados em pessoas do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e que 53,6% em homens que fazem sexo com homens.
A faixa etária com mais casos (37,1%) é a de 20 a 29 anos de idade. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença.
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A eliminação da Aids como problema de saúde pública até 2030 é uma das metas do Brasil Saudável, programa do governo federal que tem objetivo de eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em situação de maior vulnerabilidade social.
Em 2023, foram registrados 38 mil casos da Aids no país, com a região Norte registrando a maior taxa de detecção do país (26%), seguida pela região Sul (25%).
No ranking de casos, Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), apresentam taxas de detecção de 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente. Homens foram responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados.
Em 2023, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV e não sabiam da condição sorológica. Os dados são do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids).
O país também dobrou, em dois anos, a marca de usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Em 2024, até o momento, o Brasil atingiu a marca de 109.000 usuários. Em 2022, o quantitativo era de 50.700 usuários.
Distribuída no SUS (Sistema Único de Saúde), a PrEP é uma estratégia essencial na prevenção da infecção pelo HIV, além de ser considerada pelo Ministério da Saúde uma das principais iniciativas para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.
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