![Crimes eletrônicos deixam o Pará em 5º no ranking nacional Imagem ilustrativa da notícia Riscos na internet: todo cuidado é pouco no ambiente virtual](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/640x360/Internet-seguranca-2_00894107_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2FInternet-seguranca-2_00894107_0_.jpg%3Fxid%3D3005913&xid=3005913)
Nesta terça-feira, 11 de fevereiro, celebra-se o Dia Internacional da Internet Segura. Esta data é comemorada em aproximadamente 200 nações ao redor do globo e tem como objetivo promover o uso responsável e seguro da internet e das novas tecnologias, além de disseminar informações, recursos e orientações sobre boas práticas.
Especialista em Inteligência Artificial e Cibersegurança, o professor da Ufra Allan Costa explica que a segurança no ambiente digital é um dos maiores desafios da atualidade, especialmente diante do avanço das ameaças cibernéticas e do crescimento exponencial da conectividade. “Para garantir a proteção de dados e a privacidade dos usuários, é essencial adotar uma abordagem multifacetada, combinando boas práticas individuais, regulamentação eficaz e avanços tecnológicos em cibersegurança”, esclarece.
A primeira linha de defesa contra fraudes e golpes, explica, é a conscientização dos usuários. “Muitos ataques exploram falhas humanas, como phishing, engenharia social e senhas fracas. Por isso, é fundamental desconfiar de links e e-mails suspeitos, mesmo que pareçam vir de fontes confiáveis, verificar a autenticidade de sites e aplicativos antes de fornecer dados pessoais ou financeiros e não compartilhar informações sensíveis em redes sociais ou mensageiros sem criptografia adequada. Além disso, a criação de senhas fortes e únicas, utilizando gerenciadores de senhas, reduz consideravelmente os riscos de invasões”, pontua.
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Ele ainda ressalta que a adoção de tecnologias de proteção também desempenha um papel crucial na segurança digital. “O uso da autenticação de dois fatores (2FA) adiciona uma camada extra de proteção às contas online, dificultando acessos não autorizados. Redes privadas virtuais (VPNs) ajudam a aumentar a privacidade ao acessar redes públicas. Soluções de segurança, como antivírus e firewalls, auxiliam na detecção e bloqueio de ameaças, enquanto a criptografia de dados protege comunicações sensíveis e o armazenamento de informações na nuvem”, orienta.
“Governos e instituições devem implementar regulamentações rigorosas para proteger os cidadãos e garantir que empresas adotem práticas seguras. O Marco Civil da Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e regulamentações globais, como o GDPR [da União Europeia], são essenciais para estabelecer direitos e deveres na proteção de dados pessoais”, complementa.
Allan destaca que tanto o Brasil quanto o Pará enfrentam grandes desafios na esfera da segurança cibernética. “O Brasil ocupa a 2ª posição no ranking de ataques cibernéticos na América Latina e Caribe, registrando impressionantes 103,1 bilhões de tentativas de ataques em um único ano, um aumento de 16% em relação ao período anterior. Além disso, as previsões indicam que os crimes cibernéticos deverão gerar prejuízos de até US$ 65,27 trilhões até 2028, um crescimento alarmante de 95% no período”, afirma.
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Já no contexto estadual, o especialista diz que o Pará ocupa o 5º lugar entre os Estados com maior número de crimes eletrônicos, registrando 12.988 ocorrências. “Quando analisamos a taxa de estelionatos digitais, o Pará figura na 8ª posição, com 160 ocorrências por 100 mil habitantes. Esses números refletem um cenário preocupante e demonstram a necessidade de políticas públicas eficazes e iniciativas voltadas para a segurança da informação”.
CONHEÇA ALGUNS GOLPES
- Entre os mais frequentes, o phishing se destaca como uma das ameaças mais perigosas. Nesse tipo de ataque, criminosos se passam por instituições confiáveis, como bancos, redes sociais e serviços online, para induzir as vítimas a fornecerem informações sensíveis, como senhas, números de cartão de crédito e dados pessoais. O phishing pode ocorrer por e-mails fraudulentos, mensagens de texto ou links maliciosos que redirecionam para páginas falsas.
- Outro golpe comum é o roubo de identidade, em que os criminosos utilizam informações pessoais da vítima para cometer fraudes financeiras, criar contas falsas ou realizar compras indevidas. Esse tipo de ataque pode ocorrer por meio de vazamentos de dados, engenharia social ou ataques a sistemas que armazenam informações pessoais.
- Os golpes financeiros e fraudes em transações online também estão em alta, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico. Muitos criminosos criam lojas falsas, vendem produtos inexistentes e utilizam métodos de pagamento inseguros para enganar consumidores. Além disso, há fraudes em plataformas de marketplace, onde vendedores ou compradores mal-intencionados enganam usuários legítimos.
- O sequestro de contas é outra ameaça relevante, principalmente em redes sociais e serviços de e-mail. Utilizando técnicas como força bruta, vazamentos de senhas ou phishing, criminosos invadem contas para espalhar golpes, extorquir vítimas ou roubar informações sigilosas. Esse tipo de ataque pode ser evitado com o uso da autenticação de dois fatores e senhas fortes.
- O ransomware tem se tornado uma das fraudes mais prejudiciais, atingindo tanto usuários comuns quanto grandes corporações. Esse tipo de ataque bloqueia o acesso aos arquivos e sistemas da vítima, exigindo um resgate financeiro para liberar os dados. Muitas vezes, mesmo após o pagamento, os criminosos não devolvem o acesso, resultando em prejuízos irreparáveis.
- Outro tipo de golpe que cresce em evidência é o do suporte técnico falso, no qual criminosos entram em contato com as vítimas se passando por representantes de grandes empresas de tecnologia, alegando que há um problema no computador ou conta do usuário. Eles induzem a vítima a instalar softwares maliciosos ou fornecer acesso remoto ao dispositivo, permitindo o roubo de informações e até mesmo transferências bancárias fraudulentas.
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