
O ex-presidente Jair Bolsonaro causou controvérsia, na última sexta-feira (7), ao afirmar que o Brasil teria firmado um acordo com a China para a construção de bombas atômicas, mas sem qualquer evidência ou fundamento para essas afirmações..
Em entrevista com jornalistas no Aeroporto de Brasília, Bolsonaro alegou que 37 acordos foram assinados entre os dois países durante a cúpula do G20, realizada no Brasil no final de 2022, incluindo um suposto tratado de cooperação nuclear.
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Bolsonaro destacou que, entre esses acordos, haveria um relacionado à energia nuclear, sugerindo que o Brasil estaria fornecendo material para a China, o que, segundo ele, teria como objetivo a produção de armas nucleares. "Não é para energia, agricultura ou medicina, é para construção de bombas atômicas", disse o ex-presidente.
Ele ainda alegou ter informado sobre esse suposto acordo à equipe do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por isso, o ex-presidente sugeriu que os Estados Unidos deveriam intervir no Brasil para evitar que o país se transformasse em uma "nova Venezuela".
"Os Estados Unidos têm uma preocupação com o Brasil, eles não querem que o Brasil se consolide com uma nova Venezuela", afirmou. O ex-presidente ainda sugeriu que a crise política e econômica do Brasil não seria resolvida internamente, mas sim com apoio internacional.
Essas declarações de Bolsonaro geraram dúvidas e críticas, já que não há informações oficiais que confirmem qualquer acordo de cooperação nuclear entre Brasil e China para fins militares.
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Especialistas em relações internacionais também destacaram que o Brasil segue seu compromisso com tratados internacionais, como o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, ao qual é signatário.
Veja a entrevista:
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