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MENOS DE 2% DA EXPECTATIVA

Manifestação por anistia de Bolsonaristas reúne 18,3 mil pessoas no Rio

De acordo com um relatório da USP, a contagem de público utilizou imagens aéreas capturadas por um drone e analisadas por um software especializado.

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Imagem ilustrativa da notícia Manifestação por anistia de Bolsonaristas reúne 18,3 mil pessoas no Rio camera O ex-presidente, que pode ser preso nos próximos meses, discursou para o pequeno público que esteve na manifestação | Reprodução/Redes Sociais

Um levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), estimou que a manifestação realizada em defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro reuniu aproximadamente 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16). O número corresponde a menos de 2% da expectativa inicial, que era de um milhão de participantes.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mencionou o público presente. "A gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui, no 7 de Setembro, tinha mais gente do que agora", afirmou. O Cebrap estimou que o evento citado por Bolsonaro, realizado em setembro de 2022, contou com cerca de 64,6 mil participantes.

De acordo com um relatório da USP, a contagem de público utilizou imagens aéreas capturadas por um drone e analisadas por um software especializado. "Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas", detalha o documento.

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Os responsáveis pelo levantamento indicaram que "o método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas. O banco de imagens utilizado para a contagem da manifestação está disponível para consulta".

Para estimar a quantidade de participantes no evento deste domingo, foram registradas 66 fotos da praia de Copacabana em quatro horários distintos (10h, 10h40, 11h30 e 12h). "Selecionamos 6 fotos tiradas às 12h, momento de pico da manifestação. As imagens cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição", explica o relatório.

Durante o ato, Bolsonaro discursou em um trio elétrico, abordando temas relacionados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e fazendo referências ao inquérito 1361/2018, que investiga a possibilidade de fraude nas eleições de 2018. Ele mencionou que o questionamento sobre o sistema eleitoral contribuiu para sua inelegibilidade, após decisão da Justiça Eleitoral.

"Eleições de 2022: a gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui no 7 de setembro, tinha mais gente que agora. Fazíamos motociatas pelo Brasil todo. São Paulo, segundo a Polícia Militar, bateram 300 mil motos. Foi em Santa Catarina, foi em Mato Grosso. O agro estava quase 100% fechado conosco. Os cristãos, da mesma maneira. Nós tínhamos majorado, com responsabilidade, o Bolsa Família para R$ 600. Nós, com o (ex-ministro do Desenvolvimento Regional) Rogério Marinho, presente aqui, levamos água para o Nordeste. A Teresa Cristina, (ex-ministra) da Agricultura, abriu comércio para o mundo todo. O Tarcísio (de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura), com o orçamento pequeno, cresceu, por sua competência, atendeu o Brasil obras de infraestrutura. O nosso governo fez o trabalho. Por que perdeu a eleição? Será que a resposta está no inquérito 1361, secreto até hoje? Eu cometo um crime, tranquilo, se a Rede Globo me convidar, a exemplo de que estive agora no (podcast) Flow, para três horas ao vivo. Vocês perguntem o que bem entender. Eu quero 30 minutos para falar do Brasil e eu abro esse inquérito secreto na TV Globo. Não sei se meus advogados conseguirão esse inquérito, mas se a divulgação do inquérito foi o início do golpe, o povo tem que saber o que está nesse inquérito", disse.

Na sequência, Bolsonaro fez críticas a Alexandre de Moraes e mencionou investigações em andamento. "Não tenho obsessão pelo poder, tenho paixão pelo Brasil. Se algo acontecer comigo, continuem lutando. O que eles querem no Brasil é fazer igual à Venezuela (...) Desculpe o pessoal de Israel, mas aqui é a terra prometida".

Ao final do discurso, ele mencionou o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e fez comparações entre integrantes do atual governo e membros de sua gestão. "Dá para comparar a (atual primeira-dama) Janja, com a Michelle (Bolsonaro, sua esposa)?", questionou.

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