
A era da informação também é a era da desinformação. Em tempos de viralizações instantâneas, uma simples mudança no modelo de investimentos pode se transformar em combustível para rumores infundados. Foi exatamente o que aconteceu com o Nubank, novamente alvo de fake news que apontam, sem qualquer fundamento, o encerramento de suas atividades no Brasil.
O boato ganhou novo fôlego a partir de 15 de outubro de 2024, conforme apontam dados do Google Trends, com um pico de buscas pela frase "Nubank vai fechar". A origem do alvoroço está na recente reestruturação dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da empresa, um movimento que afetou exclusivamente investidores e não teve qualquer reflexo para os clientes comuns.
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A onda de desinformação ressuscitou versões de um rumor que circula desde 2022, mas que agora reapareceu em um cenário sensível, impulsionado pela velocidade e falta de checagem das redes sociais. O próprio Nubank foi obrigado a intervir para tranquilizar seus usuários. Em nota publicada no blog oficial da empresa, a fintech garantiu: "Seguimos operando normalmente, com uma base sólida de mais de 95 milhões de clientes, e continuamos a crescer no país".
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Os fundamentos financeiros também desmentem qualquer tese de crise. A instituição destacou que sua estrutura de negócios continua rentável e saudável, com lucros líquidos em ascensão nos últimos balanços - um cenário que contradiz qualquer indício de falência ou retirada do mercado brasileiro.
EXIGÊNCIA DO BANCO CENTRAL
Outro ponto que alimentou interpretações equivocadas nas redes foi a discussão, ainda em andamento, de uma possível exigência do Banco Central para que empresas que não atuam como bancos tradicionais deixem de utilizar o termo "bank" em seus nomes. Se essa norma for aprovada, o Nubank poderá ser obrigado a mudar sua marca para algo como "Nu". No entanto, a medida é puramente regulatória e não representa qualquer risco às operações da fintech.
Especialistas em comunicação digital explicam que situações como essa refletem a vulnerabilidade da sociedade à desinformação, especialmente quando conteúdos técnicos são divulgados fora de contexto e replicados sem o devido cuidado com as fontes. O Nubank, por sua vez, reforça o alerta aos clientes: a recomendação é sempre buscar informações nos canais oficiais da empresa e desconfiar de mensagens alarmistas ou sensacionalistas.
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