
Uma prática polêmica vem ganhando força entre viajantes em busca de passagens aéreas mais baratas: o skiplagging, também conhecido como “cidades escondidas”. A estratégia consiste em comprar passagens com escalas, mas desembarcar antes do destino final — justamente na cidade onde se quer chegar.
A tática explora brechas na precificação das passagens, que varia por fatores como demanda, concorrência e rotas oferecidas. Por vezes, uma passagem com escala é mais barata do que um voo direto para o mesmo destino. Sites como o Skiplagged facilitam a busca por essas combinações vantajosas, ajudando a identificar quando vale a pena usar o truque.
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A economia pode ser real. Em simulação feita no site Viajala, um voo entre Curitiba e o Rio de Janeiro custava R$ 254, enquanto o mesmo trajeto, com escala em Brasília, saía por R$ 205 — mesmo dia, mesma companhia aérea.
Mas nem tudo são vantagens
Quem utiliza o skiplagging não pode despachar bagagens, já que elas seguirão até o destino final. Além disso, a prática não é indicada para quem acumula milhas, pois companhias podem penalizar passageiros identificados, inclusive bloqueando pontos acumulados.
Outro risco é a possibilidade de alterações de rota por fatores como o clima. E, em viagens internacionais, o viajante precisa atender às exigências do destino final, mesmo sem intenção de chegar até lá — como vistos ou passaportes válidos.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirma que a prática não é regulamentada, e a Infraero diz que não pode impedir passageiros de desembarcar durante escalas. Juridicamente, especialistas consideram que o passageiro tem direito de deixar o avião onde quiser, já que pagou pelo bilhete.
No entanto, companhias aéreas, principalmente internacionais como a Lufthansa, já processaram passageiros por uso repetido do skiplagging. O conselho dos próprios sites que promovem a prática é: use com moderação e atenção às regras tarifárias.
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Eduardo Martins, diretor do Viajala, não recomenda o uso do artifício. “Depende de sorte. Para quem está de férias e tem horário a cumprir, um imprevisto pode arruinar a viagem. Planejar com antecedência continua sendo o melhor caminho para economizar.”
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