
O juiz Ivan Lúcio Amarante foi afastado do cargo no último dia 29 de maio após suspeita de vender sentenças na comarca de Vila Rica, próximo à cidade de Cuiabá, no Mato Grosso.
Na ocasião, ele recebeu da esposa Mara Patrícia Nunes Amarante, o valor de R$ 750 mil em 43 depósitos realizados entre setembro de 2023 e julho de 2024.
Segundo a defesa do juiz, o montante foi pago a um pai de santo para realizar "o desenvolvimento espiritual e religioso" dele próprio.
Após evidências, a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o magistrado.
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O valor das operações financeiras levantaram suspeitas de um esquema de lavagem de dinheiro no âmbito da "Operação Sisamnes", que investiga a venda ilegal de sentenças judiciais.
A defesa de Amarante argumenta que a esposa Mara Patrícia, empresária do setor de logística e transportes, repassou a quantia para custear sessões com o pai de Santo identificado como Fernando César Parada, dirigente do Terreiro Nossa Senhora do Rosário. A defesa alegou ainda que as despesas ainda envolveriam sessões com outros líderes religiosos.
Apesar do argumento, a CNJ contestou a tese e disse que os depósitos foram feitos em valores altos e com quantias idênticas, o que levantou suspeitas de lavagem de dinheiro. Ainda segundo as investigações, somente em outubro de 2023, foram feitos sete depósitos que totalizaram R$ 140 mil.
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