
Apesar de estar presente em mais de 86% dos municípios brasileiros e já ter ajudado mais de 70 milhões de pessoas desde 2004, o programa Farmácia Popular ainda é cercado de desinformação. Muitas pessoas desconhecem que podem acessar os medicamentos gratuitos oferecidos pelo governo, mesmo fora da rede pública de saúde.
Aberto a toda a população, o programa garante acesso gratuito a mais de 40 medicamentos, incluindo tratamentos para hipertensão, diabetes, asma, osteoporose, colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma, rinite e anticoncepcionais.
Conteúdo Relacionado
- Farmácia Popular avisará o cidadão sobre remédios de uso contínuo
- Farmácia Popular beneficiou mais de 24 milhões em 2024
Além disso, fornece fraldas geriátricas para idosos e pessoas com deficiência, além de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade extrema, por meio do programa Dignidade Menstrual.
A conselheira nacional de saúde Débora Melecchi explica que o Farmácia Popular foi criado dentro da lógica da universalização do Sistema Único de Saúde (SUS) e está acessível a qualquer cidadão com prescrição médica válida, seja da rede pública ou privada. “Basta apresentar um documento com foto, CPF e a receita dentro do prazo de validade, e pronto, o acesso é garantido”, afirma.
Hoje, mais de 30 mil estabelecimentos fazem parte da rede credenciada, identificados pela logomarca do programa. A retirada de medicamentos também pode ser feita por um procurador legal, nos casos em que o paciente estiver acamado ou impossibilitado de ir à farmácia.
A entrega de fraldas geriátricas exige prescrição, laudo ou atestado médico que comprove a necessidade. No caso de pessoas com deficiência, o documento deve conter a Classificação Internacional de Doenças (CID). Já os absorventes são liberados a mulheres em situação de vulnerabilidade que estejam inscritas no Cadastro Único e com autorização emitida no aplicativo Meu SUS Digital.
Para Débora, o Farmácia Popular é uma das ações mais relevantes na garantia do direito à saúde e na redução de gastos das famílias. “Estudos indicam que até 60% dos custos familiares com saúde vêm dos medicamentos. Esse programa tem um impacto direto na vida das pessoas e na adesão ao tratamento contínuo.”
Ela alerta, porém, que desafios ainda persistem: garantir financiamento contínuo, fortalecer a estrutura do SUS e integrar melhor a assistência farmacêutica à rede de saúde. “As farmácias precisam ser reconhecidas como espaços de cuidado, com profissionais valorizados e infraestrutura adequada. Saúde é um direito, e precisamos lutar por ele todos os dias.”
Para mais informações sobre medicamentos e unidades credenciadas, acesse: https://www.gov.br/saude.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar