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MORTE SOB SUSPEITA

Perguntas ainda sem resposta sobre morte de Juliana Marins

Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil nesta terça-feira (01); família levanta suspeitas sobre falhas no resgate e omissão de socorro

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Imagem ilustrativa da notícia Perguntas ainda sem resposta sobre morte de Juliana Marins camera Família pede nova autópsia para esclarecer circunstâncias da queda de jovem brasileira em trilha na Indonésia. | Reprodução

Uma semana após a morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos de idade, em uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, as circunstâncias do acidente seguem cercadas de dúvidas. Diante da pressão da família da jovem e de um pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU), o governo brasileiro autorizou a realização de uma nova autópsia no Brasil para esclarecer o que ocorreu com Juliana.

O corpo da brasileira chega nesta terça-feira (01) a São Paulo, em voo da Emirates, que informou ter feito os ajustes necessários em coordenação com a família para o traslado. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o novo exame será realizado no prazo de até seis horas após a chegada do corpo, a fim de preservar possíveis evidências. Os detalhes da necrópsia serão definidos em uma reunião entre AGU, DPU e autoridades do Estado do Rio de Janeiro, marcada para às 15h do mesmo dia.

Segundo nota divulgada pela AGU nesta segunda-feira (30), a decisão de atender ao pedido da família partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Polícia Federal também se prontificou a auxiliar no transporte do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) responsável pelo novo exame.

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Caso Juliana Marins

Juliana morreu após cair de um precipício durante uma trilha no monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia, no último dia 21 de junho. Ela integrava um grupo de turistas guiado por um profissional local. Por volta das 4h da manhã, a jovem teria relatado cansaço, o que a fez ficar para trás. O guia teria se afastado e, ao retornar, encontrou Juliana caída em um desfiladeiro com cerca de 200 a 300 metros de profundidade.

"Queremos apenas entender se algo passou despercebido ou foi mal interpretado na primeira autópsia", disse Mariana Marins, irmã da vítima, à CNN. A primeira autópsia foi feita pelas autoridades indonésias e a certidão de óbito, emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, não esclareceu o momento exato da morte, o que motivou o pedido de reavaliação no Brasil.

A AGU informou que a principal controvérsia gira em torno da possível omissão de socorro por parte das autoridades indonésias. Imagens de drones feitas por turistas mostram Juliana ainda com vida, sentada em uma encosta íngreme cerca de três horas após o acidente. A expectativa é de que a nova autópsia ajude a identificar se ela morreu imediatamente após a queda ou se poderia ter sido salva caso o resgate tivesse ocorrido mais rapidamente.

Principais dúvidas sem respostas sobre a morte de Juliana Marins no monte Rinjani

1. Como ocorreu a queda?

Juliana subia o monte Rinjani com um grupo de turistas e um guia local. Ao relatar cansaço, foi orientada a parar e descansar. O guia seguiu com os demais e só retornou cerca de 30 minutos depois. Quando voltou, a jovem já havia caído. Imagens gravadas por drones mostram que ela sobreviveu à queda e chegou a se mover e olhar para o alto. Mas, até o momento, ainda não se sabe como a jovem teria caído.

2. Quanto tempo ela ficou sozinha?

Há divergências nos relatos sobre o caso. O guia declarou ao jornal O Globo que esperou três minutos após Juliana parar e que, ao notar a ausência dela, voltou para procurá-la, sem sucesso. Já o pai da jovem, Manoel Marins, afirma que o guia se afastou por cerca de 40 a 50 minutos, tempo no qual foi fumar. Ele considera o guia, a empresa de turismo e o coordenador do parque responsáveis pela tragédia.

3. Por que o resgate foi acionado tardiamente?

A demora no acionamento da equipe de resgate é uma das principais críticas feitas pela família. Segundo relatos, o guia informou o acidente à empresa, que contatou a administração do parque. O parque, por sua vez, acionou uma brigada local por volta das 8h30. Como a subida até o local leva cerca de seis horas, o resgate só chegou às 14h, aproximadamente dez horas após a queda.

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4. Juliana sobreviveu por horas antes de morrer?

As imagens de drone indicam que ela estava consciente horas após a queda, o que reforça as suspeitas de que a demora no socorro pode ter sido decisiva. A nova necrópsia tentará identificar a causa exata da morte e o intervalo de tempo entre o acidente e o óbito.

5. Houve omissão de socorro por parte das autoridades?

A AGU considera essa uma das principais linhas de investigação. Se confirmada, a omissão poderá levar à responsabilização civil e criminal de autoridades locais. A conduta do guia, da empresa de turismo e do parque está sob questionamento.

6. Por que a agência nacional de resgate não foi acionada de imediato?

Em vez de acionar diretamente a Basarnas, agência nacional de busca e salvamento da Indonésia, o parque optou por mobilizar a própria brigada de emergência. O chefe do parque, Yarman Wasur, negou atrasos e afirmou que o processo seguiu os protocolos padrões, além de destacar as dificuldades impostas pelo terreno e pelas condições climáticas. No entanto, não explicou por que o órgão federal de resgate não foi envolvido desde o início.

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