
O Ministério Público do Paraná ofereceu nesta segunda-feira (30) uma nova denúncia sob acusação de crimes de violência sexual contra o professor de yoga Uberto Gama, 63. Ele está preso preventivamente desde abril e nega as acusações.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Quatro Barras, cidade da região metropolitana de Curitiba, ele atuava como uma espécie de líder espiritual e teria se aproveitado desta posição para cometer crimes sexuais entre os anos de 2005 e 2024.
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Em nota encaminhada à reportagem nesta quarta-feira (2), os advogados de defesa de Gama, Rafael Augusto da Silva e Mariel Muraro, dizem que a denúncia do Ministério Público "não reflete a realidade dos fatos".
"A defesa nega veementemente as acusações e confia que a verdade virá à tona no curso de eventual instrução criminal", diz a nota.
As investigações começaram a partir de representações protocoladas por parte das vítimas.
Em abril, Gama foi alvo da primeira denúncia da Promotoria, que apontava sete vítimas. Nesta segunda denúncia, a promotoria cita 20 novos casos contra 16 vítimas, que procuraram o Ministério Público quando souberam da prisão de Gama, em Florianópolis.
Nesta nova denúncia, ele é acusado de violação sexual mediante fraude (12 casos), violência psicológica contra a mulher (três casos), estupro de vulnerável (quatro casos) e tortura, por submeter alguém sob sua autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental (um caso). O processo tramita sob sigilo.
Os crimes, ainda segundo a Promotoria, teriam sido praticados em espaços como uma chácara em Quatro Barras, onde funcionava uma ordem filosófica mantida por ele, e uma clínica em Curitiba, onde Gama atuava como psicanalista e mestre de artes marciais e ministrava cursos e palestras.
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Além de determinar a prisão de Gama, a Justiça estadual também acolheu pedido do Ministério Público para bloquear bens do líder espiritual em valores que ultrapassam R$ 2 milhões, além de dois veículos de sua propriedade.
"Os valores poderão ser utilizados para possíveis indenizações às vítimas, em caso de procedência da acusação", diz a promotoria, em nota.
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