
As tartarugas marinhas são animais que habitam os oceanos há mais de 100 milhões de anos e são essenciais no ecossistema. Apesar disso, muitas espécies são raras de se ver, já que entraram em processo de extinção.
Na última terça-feira (08), a 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental avistou uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), considerada a maior tartaruga marinha do mundo e em extinção, foi vista por moradores na faixa de areia de uma praia de Jacaraípe, no Espírito Santo.
Após avistarem o animal, a corporação foi acionada por banhistas para que garantir o bem estar do réptil que media 1,55 m de comprimento e 1,22m de largura de casco.
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Em uma operação conjunta do BPMA com o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), a área onde o animal estava foi isolada para garantir a proteção da tartaruga. De acordo com especialistas, ela possivelmente estava em busca de um local seguro para realizar sua desova, ato extremamente raro no litoral brasileiro.
As equipes orientaram as pessoas para que pudessem evitar estressar do animal e a importância de manter distância e evitar o uso de flashes de câmera de celular ou barulhos excessivos para que não interferir no comportamento natural da espécie.
Fato raro
A espécie tartaruga-de-couro registra pouquíssimos pontos de desova no Brasil, o que torna ocorrências como esta ainda mais marcante para a ciência e para os esforços de conservação da fauna marinha.
A Polícia Ambiental reforça que casos como esse evidenciam a importância da participação ativa da sociedade e das instituições na preservação da biodiversidade.
De acordo com a ONG Oceana, a tartaruga-de-couro é a maior entre as espécies de tartarugas marinhas, podendo atingir até 900 kg, embora o peso médio fique em torno de 400 kg. Seu comprimento de carapaça pode chegar a 1,80 metro.
A expectativa de vida dessa espécie ainda não é totalmente conhecida, mas estima-se que possa viver entre 70 e 80 anos. O nome "tartaruga-de-couro" vem da sua carapaça diferenciada, composta por uma pele espessa e resistente, com milhares de placas ósseas, ao invés de escamas rígidas como nas outras espécies.
No Brasil, a presença dessa tartaruga é rara. Ela nidifica em poucas áreas, com uma zona de desova bastante restrita, geralmente limitada ao litoral norte do Espírito Santo, próximo à foz do Rio Doce.
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