
Em meio a uma série de medidas restritivas e as investigações de um processo no Supremo Tribunal federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda uma possível mudança na lista de visitas que ele pode receber.
Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorização para receber um número maior de familiares durante a comemoração do Dia dos Pais, no próximo domingo (10). Atualmente em prisão domiciliar, Bolsonaro quer a presença de sogros, sobrinhas, noras e netas na data.
A defesa de Bolsonaro apresentou ao STF uma lista com oito nomes para a celebração. O pedido argumenta que, com exceção da neta menor de idade, nenhum dos indicados está incluído na decisão mais recente de Moraes, emitida na última quarta-feira (6).
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Na ocasião, o ministro autorizou visitas de filhos, netos, netas e cunhadas sem a necessidade de comunicação prévia, mas manteve as restrições impostas anteriormente, como a proibição do uso de celular e a vedação de registros em vídeo ou fotos.
O novo requerimento da defesa busca flexibilizar as regras para que outros parentes próximos também possam participar do encontro familiar. Até o momento, não há decisão sobre o pedido adicional.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em meio a investigações no STF, e todas as visitas seguem sob regras e monitoramento estabelecidos pela Corte.
Processos contra Bolsonaro
As investigações contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) abrangem uma série de inquéritos que apuram condutas atribuídas ao ex-presidente durante e após seu mandato. Entre os principais, está o que investiga a suspeita de participação dele em uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022, que apontaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que Bolsonaro teria incentivado atos antidemocráticos e apoiado medidas para impedir a posse do presidente eleito.
Outro inquérito em andamento trata da suposta inserção fraudulenta de dados no sistema do Ministério da Saúde para facilitar a emissão de certificados de vacinação contra a Covid-19. A investigação aponta que o objetivo seria beneficiar Bolsonaro, familiares e assessores próximos, permitindo viagens ao exterior sem cumprir exigências sanitárias.
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Além disso, o ex-presidente é investigado por uma possível incitação à violência e disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro. Em um episódio amplamente divulgado, Bolsonaro fez declarações que colocaram em dúvida a integridade das urnas eletrônicas, o que, segundo o STF, pode ter contribuído para o clima de instabilidade política no país.
Há também apurações sobre o suposto envolvimento dele na venda ilegal de joias e presentes recebidos de autoridades estrangeiras durante o mandato. Os itens, que deveriam integrar o acervo da União, teriam sido negociados de forma irregular para obtenção de recursos financeiros.
Em paralelo, Bolsonaro responde a investigações relacionadas à gestão da pandemia de Covid-19, especialmente no tocante à omissão e à resistência em adotar medidas de combate ao vírus. O STF apura se decisões e declarações do ex-presidente contribuíram para o agravamento da crise sanitária, gerando impactos diretos na saúde pública e no número de mortes registradas no período.
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