
As engrenagens da economia mundial funcionam em um delicado equilíbrio, e quando uma grande potência altera suas regras, os efeitos reverberam para muito além de suas fronteiras. É justamente esse o cenário que se desenha para o Brasil diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a medida pode resultar na eliminação de 726,7 mil postos de trabalho em apenas um ano, além de reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,26%.
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CENÁRIO "MAIS PESSIMISTA"
O levantamento considera um cenário classificado como "mais pessimista", no qual não haveria redirecionamento dos produtos atingidos para outros mercados. "As sobretaxas de 50% sobre os produtos brasileiros têm condições de provocar uma queda significativa na economia nacional", aponta a análise.
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Entre os setores mais atingidos, o de serviços lidera a lista, com possível corte de 241,5 mil empregos. Em seguida aparecem a indústria (215 mil), o comércio (142 mil) e a agropecuária (104 mil).
O Dieese utilizou dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que calculou em US$ 14,5 bilhões o valor das exportações impactadas pelas sobretaxas. No pior cenário, as perdas poderiam somar R$ 38,87 bilhões em valor adicionado, além de encolher a massa salarial em R$ 14 bilhões e reduzir a arrecadação de impostos em R$ 11 bilhões.
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