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AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA

Surto de sarampo nas Américas alerta autoridades brasileiras

Casos importados preocupam o Brasil e reforçam importância da vacinação e da vigilância epidemiológica.

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Imagem ilustrativa da notícia Surto de sarampo nas Américas alerta autoridades brasileiras camera Surtos de sarampo nas Américas aumentam preocupação no Brasil; autoridades reforçam vacinação e medidas de bloqueio para evitar reintrodução do vírus. | Marcello Camargo/Agência Brasil

No meio da rotina urbana, enquanto se vai ao trabalho ou se leva as crianças à escola, um vírus antigo ressurge silenciosamente, lembrando que a saúde coletiva não pode ser subestimada. O sarampo, doença altamente contagiosa, tem registrado surtos significativos em todas as regiões do mundo, impulsionados principalmente pela baixa cobertura vacinal.

No continente americano, segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), já foram confirmados 10.139 casos e 18 mortes até 8 de agosto, um aumento alarmante de 34 vezes em relação ao mesmo período de 2024. Canadá, México e Estados Unidos concentram a maior parte das ocorrências, com todas as mortes registradas nesses países, e os surtos tiveram início a partir de importações externas.

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No Brasil, até o momento, foram registrados 23 casos importados, de acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde. Os registros ocorreram em cinco estados: Distrito Federal (1), Rio de Janeiro (2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (18). “O desafio é manter-se livre do sarampo, esse é o grande problema nosso. Hoje, não tem sarampo circulando livremente no país, mas está circulando no mundo inteiro. (...) Diante desse cenário, trabalhamos com a possibilidade de internalização de casos importados, a gente espera que isso aconteça, porque brasileiros vão para fora e podem trazer a doença, assim como estrangeiros podem entrar aqui e trazer a doença”, explica Eder Gatti, diretor do DPNI.

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As regiões mais vulneráveis do Brasil incluem cidades do Tocantins, Maranhão e estados fronteiriços com a Bolívia, onde surtos recentes ocorreram após a importação do vírus. "Foi uma ação no modelo de microplanejamento. A gente foi vacinando o setor hoteleiro, depois foi o comércio, depois taxistas e motoristas de aplicativos", detalha Gatti sobre as medidas de bloqueio vacinal adotadas. Além disso, o governo doou 600 mil doses de vacina para a Bolívia, fortalecendo o combate regional à doença.

RISCO CRESCENTE PARA O BRASIL

Especialistas alertam para a gravidade da situação. "Tem risco enorme de o vírus entrar no país. O que tem de fazer é bloqueio, boa investigação para reconhecer casos precocemente e fazer com que casos importados não gerem casos de circulação no Brasil”, afirma Rosana Richtmann, coordenadora do comitê de imunizações da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). A baixa cobertura vacinal é apontada como principal fator da propagação do sarampo, e apenas 29% dos casos nas Américas ocorreram em pessoas vacinadas, segundo a Opas.

O movimento antivacina, aliado à hesitação vacinal causada por desinformação, tem contribuído para a queda nas taxas de imunização. "O programa (de imunização) sofre as consequências do seu próprio êxito", observa Gatti, lembrando que gerações que não presenciaram surtos de doenças como poliomielite acabam subestimando a importância das vacinas.

MEDIDAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Para enfrentar a ameaça, o Ministério da Saúde reforçou ações de vigilância e vacinação em todo o país, incluindo o uso de doses "zero" em bebês a partir de seis meses, e retomou a vacinação em escolas. Especialistas destacam que a manutenção de coberturas homogêneas e altas, treinamento contínuo de profissionais de saúde e comunicação efetiva com a população são estratégias essenciais para evitar a reintrodução do vírus.

"Mesmo durante o período de negacionismo, as equipes à frente dos programas estavam acreditando naquilo que sempre fizeram, continuaram super comprometidas. Para ter recebido o certificado no ano passado, mostramos que as equipes de diferentes níveis estavam atentas e trabalhando", reforça Marilda Siqueira, do Instituto Oswaldo Cruz.

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