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ESPERANÇA

Medicamento brasileiro regenera pacientes com lesão medular

Descoberta revolucionária promete devolver movimento a pacientes paraplégicos e tetraplégicos e aguarda aprovação da Anvisa.

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Imagem ilustrativa da notícia Medicamento brasileiro regenera pacientes com lesão medular camera Reprodução

Um avanço científico desenvolvido inteiramente no Brasil está transformando o cenário do tratamento de lesões medulares. Segundo os resultados, pacientes paraplégicos e tetraplégicos já podem ter mais esperanças.

A polilaminina, medicamento criado em parceria entre o laboratório Cristália e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), demonstrou resultados promissores ao devolver movimento a pacientes que perderam mobilidade devido a traumatismos na medula espinhal.

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A polilaminina é uma proteína naturalmente produzida pelo corpo humano durante o desenvolvimento do sistema nervoso. Segundo os pesquisadores da UFRJ, essa substância pode ser obtida na placenta humana e possui a capacidade única de regenerar células da medula espinhal, ao restaur parcial ou totalmente a mobilidade perdida.

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"É uma alternativa mais acessível e segura do que as células-tronco. Nossos estudos estão em estágio mais avançado, pois as células-tronco possuem imprevisibilidade após a aplicação", explica Tatiana Coelho Sampaio, bióloga do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e líder do estudo realizado.

Lesões são um problema grave no Brasil

Os traumatismos na medula espinhal representam uma das lesões mais devastadoras que podem acometer o ser humano. Esses acidentes interrompem completamente a comunicação entre o cérebro e o corpo, resultando em:

  • Paraplegia: perda total dos movimentos em dois membros, geralmente inferiores;
  • Tetraplegia: comprometimento dos movimentos do pescoço para baixo.

Os principais registros dessas lesões incluem acidentes de trânsito, quedas graves e mergulhos em águas rasas. No Brasil, milhares de pessoas sofrem esse tipo de trauma anualmente, muitas vezes resultando em incapacidade permanente.

Resultados promissores em pacientes brasileiros

Os estudos experimentais da polilaminina já apresentaram resultados encorajadores. Cerca de dez pacientes conseguiram recuperar movimentos com o uso do medicamento, incluindo casos notáveis como:

  • Um jovem de 31 anos vítima de acidente de trânsito;
  • Uma mulher de 27 anos que sofreu queda grave;
  • Um homem de 33 anos ferido por arma de fogo.

Esses casos demonstram a versatilidade do tratamento para diferentes tipos de lesão medular, independentemente da causa do trauma.

Vantagens do tratamento com polilaminina

O novo medicamento brasileiro apresenta diversas vantagens significativas, como a simplicidade do tratamento, por requerer apenas uma única dose, seguida de fisioterapia para reabilitação completa.

Além disso outros benefícios previstos são:

  • Janela terapêutica ampla: Embora os efeitos sejam mais expressivos quando aplicada em até 24 horas após o trauma, a polilaminina também apresenta benefícios em lesões mais antigas;
  • Segurança comprovada: Segundo os pesquisadores, oferece maior previsibilidade e segurança em comparação com tratamentos baseados em células-tronco.

Próximas etapas: aprovação da Anvisa

Atualmente, o laboratório Cristália aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase 1 dos estudos clínicos. Esta etapa crucial envolverá mais cinco pacientes e será fundamental para atestar definitivamente a eficácia e segurança do tratamento.

"Demonstramos, por meio de evidências robustas, que o produto cumpre os requisitos para ser considerado medicamento e oferecer uma alternativa viável para quem não possui outras opções de tratamento", afirma Rogério Almeida, vice-presidente de P&D do Cristália.

Parcerias estratégicas para o futuro

A próxima fase do estudo contará com parcerias de prestígio nacional:

  • Hospital das Clínicas da USP: responsável pelos procedimentos cirúrgicos;
  • AACD: encarregada do tratamento de reabilitação dos pacientes.

Essa colaboração entre instituições renomadas fortalece as perspectivas de sucesso do projeto e sua futura implementação no Sistema Único de Saúde (SUS).

O desenvolvimento da polilaminina representa mais do que um avanço científico; simboliza a capacidade de inovação da pesquisa médica nacional. Se aprovado, o medicamento poderá:

  • Revolucionar o tratamento de lesões medulares no Brasil;
  • Oferecer nova esperança a milhares de pacientes;
  • Posicionar o país como referência mundial em medicina regenerativa;
  • Reduzir custos de tratamento a longo prazo.

Com a continuidade dos estudos e a eventual aprovação da Anvisa, a polilaminina pode se tornar disponível em hospitais brasileiros, para oferecer uma alternativa de tratamento para pacientes que, até então, tinham poucas opções terapêuticas disponíveis.

Este avanço científico brasileiro reforça a importância dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país, demonstrando que soluções inovadoras podem surgir da colaboração entre universidades e a indústria farmacêutica nacional.

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