
Em Brasília, a rotina de domingo ganhou contornos de espetáculo político e jurídico. A movimentação de jornalistas, apoiadores e seguranças no entorno do hospital DF Star se transformou em mais um capítulo da história recente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em regime domiciliar. O retorno à residência no Jardim Botânico, depois de algumas horas de internação, não foi apenas uma questão de saúde, mas também um gesto que reforça a tensão em torno de sua atual condição.
Bolsonaro deixou o hospital às 14h deste domingo (14) após passar por uma cirurgia dermatológica para a remoção de oito lesões na pele. Ele havia dado entrada na unidade de saúde por volta das 8h, com o procedimento marcado para as 10h. Esta foi a primeira vez que o ex-mandatário deixou a prisão domiciliar desde que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
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De acordo com o boletim médico, além das lesões, os exames apontaram um quadro de anemia e sinais de pneumonia em recuperação. “Nos próximos dias, será disponibilizado o resultado anatomo-patológico das lesões da pele para definição diagnóstica e avaliação de necessidade de complementação terapêutica”, informou o documento assinado pelo médico Cláudio Birolini.
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Na saída do hospital, o próprio Birolini explicou a origem da anemia: segundo ele, o ex-presidente “se alimentou mal” no último mês, o que contribuiu para o enfraquecimento de seu organismo. O médico definiu a saúde do paciente como “fragilizada”.
Enquanto o especialista falava, Bolsonaro manteve-se em silêncio, acompanhando os cânticos do hino nacional e as palavras de apoio entoadas pelos apoiadores que o aguardavam na porta da unidade de saúde.
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