
Nesta quarta-feira (08), o ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou que permanecerá no cargo, mesmo diante da determinação do partido dele, o União Brasil, que havia exigido que ele deixasse o governo federal. A decisão do partido estava ligada a um prazo de 24 horas dado a todos os filiados que ocupam cargos federais, sob risco de “ato de infidelidade partidária”.
Apesar dessa pressão, Sabino reafirmou que a permanência dele no ministério é fundamental para dar continuidade aos projetos e serviços que vem desenvolvendo, tanto em âmbito nacional quanto especialmente no Pará, onde participa ativamente da organização da COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
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Em conversa com jornalistas, o ministro reforçou a importância da continuidade do trabalho para o turismo brasileiro e para o atendimento à população. “Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo”.
Sabino destacou também que as decisões dele buscam não apenas manter a agenda de desenvolvimento do setor, mas também assegurar que os projetos em andamento não sejam interrompidos, reafirmando o compromisso com a população e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro ressaltou ainda que mantém a confiança do presidente Lula e que pretende seguir desenvolvendo os trabalhos à frente da pasta, contando com apoio de grande parte da bancada parlamentar. “Tenho o apoio de boa parte da bancada, a gente tem trabalhado com diálogo, buscando junto à administração do partido esse entendimento, acho que é possível ainda o diálogo, nós vamos esgotar até o último minuto”, disse.
Celso Sabino demonstrou disposição para negociar com o União Brasil, ao mesmo tempo em que deixou claro que a prioridade é a continuidade das ações do ministério, especialmente no contexto das demandas do turismo e das atividades relacionadas à COP30.
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Ainda nesta quarta-feira (08), o deputado federal Fabio Schiochet (União-SC), relator do caso, afirmou à CNN que não pedirá a expulsão sumária de Sabino, permitindo que ele permaneça no partido até pelo menos a realização da COP30. Essa posição do relator indica que há abertura dentro da sigla para manter o ministro no cargo, ainda que as tensões internas permaneçam.
A expectativa é que a Executiva Nacional do União Brasil se reúna ainda nesta semana para deliberar sobre a permanência ou eventual expulsão de Sabino, definindo os próximos passos do caso dentro do partido.
No último dia 26, Celso Sabino havia apresentado uma carta de demissão ao presidente Lula, mas acabou sendo convencido pelo chefe do Executivo a permanecer no cargo e acompanhar uma agenda no Pará na semana seguinte. Mesmo sob a pressão do União Brasil, o ministro reafirmou que a vontade dele sempre foi “clara”: continuar o trabalho que vem desenvolvendo à frente do Ministério do Turismo.
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