O valor do salário mínimo costuma ser um dos primeiros números a chamar a atenção do brasileiro quando o Orçamento da União entra em pauta. Afinal, é ele que impacta diretamente aposentadorias, benefícios sociais e o poder de compra de milhões de trabalhadores. Para 2026, o piso nacional deve subir para R$ 1.621 a partir de janeiro, conforme aprovado pelo Congresso Nacional.
O reajuste está previsto no Orçamento Geral da União de 2026 (PLN 15/2025), aprovado por deputados federais e senadores. O texto segue agora para sanção presidencial. A proposta estabelece ainda um cenário de crescimento econômico de 2,44%, inflação estimada em 3,6%, taxa de juros em 12,5% e dólar cotado a R$ 5,76.
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Superávit e investimentos
De acordo com o projeto, o governo federal deve fechar 2026 com um superávit de R$ 34,5 bilhões, revertendo o déficit estimado de R$ 70 bilhões registrado neste ano. Os investimentos em infraestrutura (como rodovias, pontes e habitação) somam R$ 121 bilhões.
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), afirmou que a proposta foi construída com foco no equilíbrio fiscal. Segundo ele, o Orçamento não superestima receitas nem prevê aumento de impostos ou gastos excessivos.
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“A comissão trabalhou para apresentar um Orçamento com superávit sem inflar arrecadação e sem permitir gastança desenfreada, qualificando o gasto público e cortando desperdícios”, afirmou o senador.
Salário mínimo e renda do trabalhador
O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), destacou o reajuste do salário mínimo como um dos principais pontos do Orçamento. Segundo ele, o valor poderia ser R$ 10 maior caso não houvesse o limite imposto pelo arcabouço fiscal.
Randolfe ressaltou que a recuperação do poder de compra do trabalhador ocorre em duas frentes: a política de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento econômico, e a correção da tabela do Imposto de Renda. A partir do próximo mês, quem recebe até R$ 5 mil ficará isento do imposto.
Emendas, saúde e educação
O Orçamento de 2026 também reservou R$ 5 bilhões para os Fundos Eleitoral e Partidário. Já as emendas parlamentares somam R$ 50 bilhões, além de outros R$ 11 bilhões incorporados aos orçamentos dos ministérios. Por se tratar de um ano eleitoral, mais da metade desses recursos deverá ser liberada até junho, conforme a legislação.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) saiu em defesa das emendas parlamentares, argumentando que os parlamentares conhecem de perto as necessidades dos municípios e estados, ao contrário de decisões centralizadas na burocracia federal.
Durante a tramitação, deputados e senadores ampliaram os recursos da saúde, que passaram de R$ 247 bilhões para R$ 254 bilhões, e da educação, que saltaram de R$ 135 bilhões para R$ 200 bilhões.
Por outro lado, houve redução em programas considerados prioritários pelo governo, como o Auxílio Gás e o Pé-de-Meia, que concede bolsa a estudantes do ensino médio que concluem os estudos.
Com a aprovação no Congresso, o Orçamento Geral da União de 2026 segue agora para a sanção do presidente da República.
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