Antes de cometer o massacre que deixou 12 crianças mortas em uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, contou em dois vídeos como teria planejado o ataque e que teria ido algumas vezes ao colégio para analisar o local. O atirador também conta, de forma confusa, as causas que o teriam levado a cometer o crime.
"A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”, diz.
Wellington também fala sobre a barba que teria deixado crescer meses antes do massacre e disse que a tirou para não despertar suspeitas. "Os irmãos observaram que eu raspei a barba. Foi necessário, porque eu já estava planejando ir ao local para estudar, ver uma forma de infiltração. Eu já tinha ido antes, há muitos meses. Eu fui. Eu ainda não usava barba. Eu fui para dar uma analisada”, conta.
As imagens teriam sido gravadas dois dias antes do crime, segundo disse o atirador. Wellington conta que essa atitude foi uma “tática para não despertar atenção”. No vídeo, ele diz ainda que apesar de “ser sozinho” e não ter “pessoas para dar satisfação”, ele resolveu tirar a barba, pois precisava interagir com as pessoas no local do massacre. As imagens foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo, nesta terça-feira.
Tragédia
Na manhã desta quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, protagonizou um trágico massacre no Brasil, contra crianças de uma escola municipal em Realengo na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Sem motivo aparente, armado com dois revólveres e com um cinturão de carregadores, o jovem disparou mais de cem tiros contra os estudantes. Em seguida, após ser atingido por um policial militar, se matou.
Wellington é filho adotivo de Guido Bulgana Cubas de Oliveira e Dicéia Menezes de Oliveira, os dois já estão mortos. Ele foi adotado quando ainda era bebê. A irmã de criação do assassino, Rosilane de Oliveira, de 49 anos, afirmou que ele não tinha amigos, ultimamente havia deixado a barba crescer e se interessado por temas islâmicos.
O jovem que era ex-aluno da instituição não tinha antecedentes criminais. Na carta encontrada com o atirador ele fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado. Wellington pede ainda para que as pessoas que fossem cuidar do enterro dele, para lhe banhar, secar envolver em um lençol branco que ele deixou, em uma bolsa dentro de uma sala da escola. O assassino pediu ainda para ser enterrado ao lado da sepultura da mãe. (eBand)
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