A Polícia Civil está investigando a participação de mais uma jovem do Grande Recife no jogo Baleia Azul, que incentiva o comportamento suicida.

A vítima, de 15 anos, reside no Cabo de Santo Agostinho, mas foi encontrada no parapeito da Ponte Buarque de Macedo, no Bairro do Recife, na noite dessa segunda-feira (15). Um homem que passava pelo local viu a situação e convenceu a adolescente a não pular. Com diversos cortes nos braços, incluindo um com o formato de uma baleia, ela estaria tentando cumprir a última fase do desafio.

Durante a conversa com o homem que a ajudou, a menina teria confessado o envolvimento com o jogo. Ela foi acolhida em uma casa no bairro de Santo Amaro. Na residência, os moradores acionaram o Conselho Tutelar e a jovem foi encaminhada para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), onde os pais foram informados.

A adolescente passou por exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e o Conselho Tutelar informou que ela vai receber acompanhamento psicológico e, se necessário, psiquiátrico.

Alertas para pais e educadores sobre o jogo

Educadores da rede de escolas de informática Microcamp, de São Paulo, elaboraram uma cartilha na qual são traçados dez sinais de alerta.

1. Prestar atenção se o jovem sabe do que e trata o jogo e seus perigos. Converse sobre o assunto. Na adolescência é comum que os pais sejam excluídos da vida social de seus filhos, entretanto, segundo Helder Hidalgo, coordenador de cursos e psicólogo, é fundamental ter um diálogo dentro de casa, entender qual é a necessidade do jovem no momento. 

2. Ficar atento ao comportamento dos jovens, prestando atenção se há alguma mudança significativa. 

3. Atenção nas atividades dos jovens na internet. Procure saber o que o jovem está acessando, o que está jogando, com quem, se aceitou convites de desconhecidos. 

4. Verificar se o jovem usa manga comprida mesmo em dia quente.

5. Verificar se há marcas pelo corpo. 

6. Atentar para o rendimento escolar. 

7. Perceber se há isolamento e sinais de tristeza. 

8. Notar se há agressividade.

9. Atentar para os temas das conversas dos jovens.

10. Se notar alguma alteração, professores e pais devem conversar com o jovem e procurar ajuda profissional.

(Com informações do Jornal do Commercio)

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