Polícia Civil investiga uma rede de prostituição envolvendo cafetões no Rio Grande do Sul e parlamentares de Brasília, que não tiveram seus nomes revelados pela polícia para não atrapalhar as investigações.

Os policiais chegaram aos políticos por acaso. Inicialmente os alvos das interceptações telefônicas eram apenas os agenciadores, que já estavam sendo monitorados desde o Rio Grande do Sul. Entretanto, a apuração, que conta com dezenas de horas de gravações feitas com autorização judicial, comprovou que os políticos da câmara e do senado eram os maiores clientes dos cafetões.

Nas gravações, um dos políticos chega a colocar parte de sua equipe e de seu gabinete, paga com dinheiro público, à disposição de uma das garotas de programa nas gravações.

Em duas interceptações telefônicas, os investigadores flagraram o agenciador conversando com dois deputados federais (um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro) e um senador (eleito pela Região Norte).

O integrante do Senado demonstra bastante intimidade com o cafetão e a prostituta, que chega a trocar algumas palavras com o político pelo telefone.

REDE

A teia de captação, segundo as apurações policiais, começa em boates e casas noturnas no interior do Rio Grande do Sul, em cidades como Canoas. Jovens que estão em dificuldade financeira e faturando pouco com o mercado da prostituição são cooptadas por um dos cafetões do grupo que age no DF. O homem promete passagens aéreas, hospedagem e uma carteira de clientes. As mulheres também ganham espaço em um site adulto, para veicular anúncios e vídeos.

(Com informações de Metrópoles)

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