Amenos de duas semanas para o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a chegada de romeiros nos terminais rodoviário e hidroviário de Belém ainda é considerada baixa. Um dos motivos é a ausência das tradicionais romarias da festividade, que foram suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus.

No terminal hidroviário, até mesmo quem viaja com frequência para Belém fica em dúvida sobre a vinda mais próxima da data do Círio. O designer gráfico Aluízio Monteiro, que mora em Ponta de Pedras, vem a cidade, em média, duas vezes ao mês, mas ainda não decidiu como fará mais perto da data da festividade. “Como não terá procissão, não decidi ainda se virei. Possivelmente, sim. Mas ainda não tenho como afirmar”.

Rose Santa Brígida
📷 Rose Santa Brígida |Wagner Almeida

Já a contadora Rose Santa Brígida acredita que a movimentação de passageiros será mais intensa perto da data do Círio. “Mesmo que não tenha romaria, muitas pessoas virão de outros municípios para Belém. É o costume e a rotina de vir todos os anos. Eu estou planejando vir até antes do domingo da festa”, diz ela, que trabalha no Marajó durante a semana e passa o sábado e o domingo em Belém.

Segundo informações da Companhia de Portos Hidroviário (CPH), na época do Círio os locais de onde mais chegam romeiros para a capital paraense são Camará, Soure, Cachoeira do Arari e Macapá. Este ano, com a pandemia, fica difícil ter uma estimativa.

Terminal hidroviário
📷 Terminal hidroviário |Wagner Almeida

Em São Brás, no terminal rodoviário, a expectativa da chegada dos fiéis, segundo o atendente de guichê Carlos Ferreira, 50 anos, não é das melhores. “Não está ideal. Se formos comparar com o ano passado está baixo o fluxo e não temos percebido que as pessoas que estão vindo são por causa do Círio”, comenta.

Ainda segundo ele o movimento caiu muito no início do ano até meados de julho. “Além disso, a pandemia fez com que os horários das viagens fossem reduzidos e só agora estamos voltando à normalidade e os carros estão viajando um pouco mais lotados de passageiros”, acrescenta.

O fraco movimento também é perceptível para Daniel Borges, 34, que também trabalha como atendente. “Ano passado foi muito mais movimentado nessa época. Não tem nem comparação. Acredito que a chegada de romeiros reduziu uns 50%”.

Preços no Terminal Rodoviário

Bragança: R$ 46,94

Marudá: R$ 36,92

Salinópolis: R$ 48,00

Mosqueiro: R$ 12,00

Vigia: R$ 22,33

Castanhal: R$ 15,85

- Outros estados

São Luís: R$ 100,00

Fortaleza: R$ 190,00

Natal: varia de R$ 367,00 a R$ 370,00

Rio de Janeiro: R$ 560,00

Santa Catarina: R$ 550,00

Preços no Terminal Hidoviário

Camará (Marajó): R$ 35,00 ( lancha) | R$ 26,00 (navio)

Santa Cruz do Arari: R$ 70,00

Cachoeira do Arari: R$ 47,50

Ponta de Pedras: R$ 25,00

Macapá: R$190,00

Manaus e escalas: R$ 70,00

Terminal rodoviário a expectativa da chegada dos fiéis. Foto: Wagner Almeida

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