Você começou a perceber que anda esquecendo as coisas na pandemia? Isso pode ser uma consequência da Covid-19, mas não um sintoma e sim, um reflexo do isolamento social. As informações são do portal Metrópoles. 

Segundo o neurologista e coordenador do Núcleo da Memória da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Diogo Haddad, aumentaram os relatos de depressão, ansiedade e estresse durante a pandemia, estados que podem influenciar na capacidade de memorização das coisas. 

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O especialista explica que a tensão causada pelo isolamento, o medo da contaminação, as restrições diárias e as incertezas ao futuro "são situações de nervosismo que acarretam em transtornos do humor e impactam no funcionamento da memória”. 

COMPROMETIMENTO

O neurologista enfatiza ainda, que em pessoas jovens, esses desequilíbrios podem podem comprometer o aprendizado, a retenção de novas informações e a realização de tarefas diárias. 

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Mas, calma, que o problema pode ser sanado, segundo Haddad, com hábitos saudáveis como a regulação do sono, boa alimentação, prática de exercícios físicos e de atividades prazerosas para ajudar a aliviar a tensão e estimular a cognição.

É preciso de preocupar? Segundo o neurologista do Hospital Brasília, Carlos Uribe, não, quando os lapsos de memória são pontuais e momentâneos.

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De acordo com Uribe, a tendência é que, com o tempo, as coisas se normalizem. No entanto, se o esquecimento "começa a impactar na rotina, é preciso entender o que está acontecendo" e buscar ajuda médica, alertando que na pandemia, houve "uma piora de pessoas mais velhas com diagnóstico de Alzheimer e outros tipos de demências por causa da mudança na rotina e das restrições".

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