
Em um momento em que o planeta volta os olhos para a Amazônia e discute com urgência novos caminhos para o desenvolvimento sustentável, experiências que aproximam teoria e prática ganham ainda mais valor na formação de profissionais comprometidos com o futuro do meio ambiente. Foi com essa proposta que cerca de 30 estudantes da Faci Wyden participaram, na última sexta-feira (29), de uma imersão no Ecoparque Natura, localizado em Benevides, na Região Metropolitana de Belém.
A atividade, que envolveu alunos de cursos como química, engenharia, farmácia, biomedicina e tecnologia, teve como objetivo promover uma vivência real em um dos principais centros de inovação sustentável da Amazônia. No local, os participantes puderam conhecer de perto processos industriais baseados em ciência, respeito à biodiversidade e responsabilidade socioambiental.
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A visita ocorreu em um momento especialmente simbólico, já que Belém se prepara para sediar, em novembro, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. A presença dos estudantes no Ecoparque reforçou a importância de alinhar o conhecimento acadêmico às demandas do mercado e às urgências climáticas, colocando a região amazônica como epicentro de soluções globais.
Durante a imersão, os alunos foram guiados por profissionais que apresentaram as práticas adotadas pela Natura na fabricação de cosméticos com insumos da floresta, destacando o papel da biotecnologia, da química verde e da engenharia em modelos produtivos sustentáveis. Para o professor Israel Athayde, um dos responsáveis pela atividade, a experiência foi uma oportunidade valiosa para ampliar horizontes e provocar reflexões.
“O Ecoparque é um verdadeiro laboratório de inovação a céu aberto. Os alunos puderam observar como é possível aliar desenvolvimento econômico, ciência de ponta e preservação ambiental. Foi um momento importante para que percebessem, na prática, o impacto que suas áreas de estudo podem ter na construção de um futuro mais equilibrado”, avaliou o professor.
Além de enriquecer a formação dos estudantes, a iniciativa também buscou fortalecer a consciência ambiental e a conexão com o território amazônico. Segundo os organizadores, experiências como essa fazem diferença na formação acadêmica e aumentam a competitividade dos alunos no mercado de trabalho, especialmente em setores que valorizam práticas responsáveis e soluções sustentáveis.
A ação contou com o apoio do Instituto Yduqs e fez parte das preparações para os debates e agendas que antecedem a COP30, colocando em evidência o papel da educação na formação de lideranças capazes de transformar desafios ambientais em oportunidades.
Ao final da visita, ficou clara a mensagem: a Amazônia é muito mais do que um patrimônio natural — é também um celeiro de inovação, conhecimento e possibilidades. E os jovens que se preparam para atuar nesse cenário têm a chance de ser protagonistas de um novo modelo de desenvolvimento, mais justo, inteligente e conectado com a natureza.

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