O continente africano eliminou a poliomielite, segundo anunciou, nesta terça (25), a Comissão de Certificação Regional da África (ARCC, em inglês) designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pela certificação. No mundo, apenas Afeganistão e Paquistão ainda registram novos casos.
A poliomielite acomete principalmente crianças de até cinco anos e não tem cura.
Em 1996, os chefes de Estado dos países africanos se comprometeram a eliminar a doença do continente. A OMS estima que, à época, a doença era responsável pela paralisia (sintoma de casos graves da doença) de 75 mil crianças anualmente no continente.
Desde então, campanhas de vacinação e vigilância sanitária nos 47 países contribuíram para que o último caso do vírus fosse registrado na Nigéria, em 2016, segundo a OMS.
Segundo o virologista Edson Elias da Silva, chefe do Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), os sintomas da pólio são semelhantes aos de um resfriado na maioria dos casos, como febre e quadro respiratório leve. Em menos de 1% dos casos a doença resulta em paralisia, mas é por essa consequência que ela ficou conhecida.
No Brasil, o último caso da doença decorrente do poliovírus selvagem foi registrado em março de 1989, na Paraíba, segundo Elias.
O Ministério da Saúde registrou recentemente que a cobertura vacinal contra a pólio estava abaixo do ponto ótimo para impedir a volta da doença, e, por isso, faz campanhas periódicas de vacinação.
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