O ex-policial Derek Chauvin quebrou as regras e o Código de Ética do Departamento de Polícia de Mineápolis, que pregam a "santidade da vida", na prisão de George Floyd em maio do ano passado, segundo o depoimento do chefe de Polícia da cidade no julgamento de Chauvin por homicídio nesta segunda-feira (5).
"Não é parte do nosso treinamento, e certamente não é parte de nossa ética e dos nossos valores", afirmou o chefe Medaria Arradondo ao júri, enquanto os promotores tentavam desconstruir um dos pilares centrais da defesa de Chauvin.
Arradondo disse que ficou chocado quando, algumas horas após a prisão, viu pela primeira vez o vídeo de uma testemunha que mostra Chauvin, que é branco, ajoelhando-se no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos que estava algemado, por mais de 9 minutos. O vídeo provocou protestos no mundo todo contra a violência policial.
Chauvin se declarou inocente diante das acusações de homicídio doloso e culposo. Os promotores convocaram Arradondo e outros policiais para enfraquecer a defesa de Chauvin, que alega que ele fez apenas o que foi treinado para fazer em seus 19 anos como policial.
Arradondo, que em 2017 se tornou a primeira pessoa negra a chefiar a força policial da cidade, demitiu Chauvin e mais três oficiais que estavam envolvidos na prisão que resultou na morte de Floyd.
Ele também criticou duramente Chauvin em declaração no ano passado, dizendo: "Isso foi assassinato - não foi falta de treinamento."
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