O mundo submarino é belo, fascinante e misterioso. Milhões de espécies vivem sob a água dos oceanos, longe dos olhares curiosos dos seres humanos. Apenas poucos fotógrafos de natureza, têm o privilégio de registrar a exuberância da vida marinha. Essa não é uma tarefa fácil. Exige coragem, persistência e muito preparo físico.

Pouco mais de um mês, pesquisadores do Schmidt Ocean Institute realizaram um expedição na região das ilhas do arquipélago Phoenix, situada a mais de 5 mil km da costa de Sidney, na Austrália. Com a ajuda de um robô submarino, os cientistas exploraram uma área de cerca de 30 mil km2 no fundo do mar. Entre as preciosidades, os especialistas se depararam com um raríssimo polvo transparente (Vitreledonella richardi), também chamado de "polvo de vidro".

“Um avistamento muito raro e, possivelmente, uma das filmagens de mais alta qualidade já gravadas até hoje”, afirmaram os integrantes da expedição.

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De acordo com os cientistas, as únicas partes visíveis (opacas) do corpo do animal são o nervo óptico, os olhos e o trato digestivo. A espécie foi descrita pela ciência pela primeira vez em 1918. Até o momento, sabe-se muito pouco sobre esses seres, já que vivem em águas muito profundas, de regiões tropicais e subtropicais.

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Segundo os biólogos, o polvo é uma das criaturas marinhas mais enigmáticas e fascinantes. Esses animais são considerados invertebrados com o sistema nervoso mais complexo do planeta. E um estudo científico publicado no começo deste ano sugere algo ainda mais surpreendente: eles podem sentir não somente dores físicas, mas também, emocionais.

O polvo transparente (Vitreledonella richardi), também chamado de "polvo de vidro". Foto: DIVULGAÇÃO

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