No passado, pisar na lua era apenas o enredo de histórias de ficção, mas mesmo assim, o ser humano foi lá e o fez. Anos depois, sair da Terra se tornou tão uma tafefa tão menos complexa que bilionários investem no chamado turismo espacial.
Nesta quarta-feira (15) a Space X, do bilionário Elon Musk, vai levar quatro turistas à órbita terrestre por 3 dias, na missão Inspiration4. Esta será a primeira vez que civis desacompanhados de astronautas farão a viagem.
A cápsula Crew Dragon Resilience será lançada no topo de um foguete Falcon 9. O lançamento está previsto para começar às 21h (horário de Brasília), a partir do Kennedy Center da Nasa, na Flórida.
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Tripulação
Ao contrário de Jeff Bezos (Blue Origin) e Richard Branson (Virgin Galactic), rivais da SpaceX, Musk preferiu não embarcar na missão. A Crew Dragon tem espaço para seis tripulantes, mas levará apenas quatro, são eles:
Jared Isaacman, de 38 anos, fundador da empresa de comércio eletrônico Shift4 Payments. Ele está financiando a missão e será o comandante;
Chris Sembroski, de 42 anos, ex-veterano da Força Aérea dos EUA e trabalha na indústria da aviação. Sembroski foi escolhido entre 72 mil participantes que participaram de uma campanha de arrecadação de fundos para o St.Jude Children’s Research Hospital;
Hayley Arceneaux, de 29 anos, médica assistente do St. Jude Hospital. No mesmo hospital, aos 10 anos, ela recebeu um joelho artificial e uma prótese de titânio no lugar do fêmur, depois de ser submetida a um tratamento contra o câncer. Hayley será a primeira pessoa com prótese a ir para o espaço;
Sian Proctor, de 51 anos, geocientista escolhida por Isaacman. Ela será quarta quarta mulher afro-americana a viajar ao espaço.
Cada um dos tripulantes representa um pilar da missão: Isaacman representa liderança; Sembroski, generosidade; Arceneaux, esperança; e Proctor, prosperidade.
Como a viagem não contará com a presença de astronautas, os quatro civis tripulação passaram por cinco meses de treinamento.
O estado de saúde dos viajantes já foi testado e os exames continuarão a ser realizados enquanto estiverem no espaço e quando voltarem. O objetivo é entender como a frequência cardíaca, o sangue e as habilidades cognitivas dos passageiros vão responder para usar esses dados em futuras viagens de turismo espacial.
Voo
Ao contrário das missões feitas pelos donos da Virgin Galactic e da Blue Origin, a Space X chegará à órbita terrestre e entrará em trajetória circular, como a Lua. Para isso, de acordo com especialistas, a cápsula precisa voar seis vezes mais rápido do que numa viagem suborbital.
Segundo informações da Reuters, a espaçonave levará 90 minutos para dar uma volta completa ao redor da Terra. Ela deve alcançar mais de 27.358 km/h e chegar a 575 km de altitude. A Estação Espacial Internacional fica a aproximadamente 408 km de altitude.
Bezos e Branson fizeram voos suborbitais, quando não chega a entrar na órbita da Terra. Eles atingiram 107km e 85km de altitude, respectivamente. A posição foi suficiente para que os tripulantes ficassem a gravidade zero por alguns minutos. Em seguida as aeronaves voltaram.
Outro diferencial da missão é que a espaçonave não pousará na Estação Espacial Internacional. Todas as viagens para o espaço desde a missão final de manutenção do telescópio Hubble, a STS-125, em maio de 2009, foram para a estação.
Os viajantes poderão ter uma visão contemplada, já que a Resilience tem uma janela em formato de redoma, batizada de Cupola, que oferece visão em 360º do espaço. A “vista mais incrível da órbita da Terra”, afirmou a SpaceX.
Até o momento, a empresa tem quatro missões fechadas com a Axiom Space para levar tripulações privadas à Estação Espacial Internacional no ano que vem.
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