A ciência e a superstição pairam sobre o chamado “poço do inferno” ou “buraco de Barhout”, localizado cerca de 1.300 km ao leste da capital Sanaa, próximo da fronteira com Omã, no deserto da província de Al-Mahra.
Com 30 metros de largura e, aproximadamente, 100 e 250 metros de profundidade, a curiosa descoberta de exploradores, que por muito tempo provocou medo e terror, pode estar cada vez mais próxima de encontrar fim ao seu mistério.
O espeleólogo Mohammad Al Kindi, da empresa Oman Cave Exploration Team, de Omã, desceu pelo buraco até alcançar uma caverna subterrânea dentro do poço. Como era de se esperar, dentro do poço não havia nada de misterioso ou associado à qualquer mitologia comungada entre os habitantes próximos.
VEJA TAMBÉM: Astrônomo prevê colisão de duas estrelas em 2022
“Alguns dizem que é onde negacionistas e ateus são torturados após a morte. Outros acreditam que as cabeças são decepadas assim que entram nele. Eles dizem que a água de Meca [cidade da Arábia Saudita] é a mais sagrada e pura da terra e que a água do Poço do Inferno é a mais maligna. Tudo o que vimos foi pura água doce lá embaixo. Nós até bebemos uma garrafa inteira e nada aconteceu conosco”, conta Mohammad ao jornal The National News, dos Emirados Árabes.
Al Kindi passou cerca de seis horas dentro do “poço do inferno”, usando equipamentos de pesquisa e detectores de gás. Apresentando níveis normais de oxigênio e ar livre de veneno, a maior surpresa dos exploradores foi testemunhar um grande número de cobras no interior. “Elas procriam quando não há predadores para comê-las. Isso é normal”, comenta.
Outra descoberta que chamou atenção foram pérolas de caverna que brilhavam em tons de verde nas cachoeiras subterrâneas. “Elas são depósitos concêntricos de carbonato de cálcio que se formam ao redor de quedas d’água. São esferas suavizadas pelo movimento da água caindo”, explica o pesquisador.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar