Em 2021, já foram notificados 103.595 casos de dengue ao Ministério da Saúde. A doença atinge cerca de 400 milhões de pessoas no mundo. E mesmo assim, a dengue segue, até hoje, sem um medicamento que evite a infecção ou diminua a replicação do vírus.
Sabe-se, porém, que quatro sorotipos do vírus podem causar a doença e, por conta desse número, se tem a dificuldade para desenvolver um medicamento que seja realmente eficaz contra a dengue, já que a fórmula precisa funcionar contra todas as formas do agente infeccioso.
Mas é possível que isso mude.
Pesquisadores da Katholieke Universiteit Leuven, na Bélgica, parecem ter encontrado uma substância capaz de bloquear a replicação do vírus. O estudo foi publicado na revista Nature na última semana.
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O time do professor Johan Neyts, que estuda a dengue desde 2009, testou milhares de pequenas moléculas com potencial usando um processo automatizado até criar 2 mil compostos promissores.
Eles observaram como o vírus da dengue se reproduz dentro das células, o que pode ajudar no desenvolvimento de outras drogas para tratar a doença.
Testes em humanos
O composto encontrado já está passando por um estudo clínico com humanos, mas os resultados só serão apresentados em novembro. Um dos problemas que foi encontrado, é sobre o funcionamento da droga. Ela teria mais efeito nos primeiros estágios da doença, mas, em geral, a pessoa infectada só procura atendimento no terceiro ou quarto dia de sintomas.
Os cientistas não querem fazer previsões sobre quando o remédio estará disponível para a população. Porém, eles alertam que, devido à necessidade de aplicação em um momento específico, seria importante conscientizar a população e os médicos sobre os sintomas.
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