Uma declaração do Papa Francisco está dando o que falar. O maior líder da igreja católica voltou a gerar polêmica ao fazer um apelo para as autoridades mundiais pelo fim da fabricação de armas durante a celebração da missa do Dia de Finados, na última terça-feira (2), no cemitério militar francês em Roma.
"Esses túmulos são uma mensagem de paz: parem, irmãos e irmãs, parem de fabricar armas. Parem! Esses túmulos gritam pela paz. E nós, lutamos suficientemente para que não existam guerras, para que não existam economias de países que ficam mais fortes com a indústria de armas?", suplicou aos fiéis.
O líder católico relembrou fatos históricos e comentou sobre aqueles que morreram nas guerras pelo mundo.
"Seguro que todos esses que foram de boa vontade, chamados pela pátria para defendê-la, estão ao lado do Senhor. Essa gente brava, essa brava gente, morreu na guerra, e morreu porque foi chamada a defender a pátria, defender valores, defender ideais e, tantas outras vezes, defender situações políticas tristes e lamentáveis. São as vítimas da guerra que come os filhos da pátria. Eu penso em Anzio, em Redipuglia, penso em Piave, em 1914, tantos morreram ali. Penso também na Normandia, onde 40 mil morreram no desembarque", ressaltou em seu discurso.
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Francisco ainda relatou que, enquanto se dirigia ao local da celebração, viu uma lápide escrita "desconhecido". "Nem o nome dele. No coração de Deus, todos estamos, mas essa é a tragédia da guerra. Nem o nome", pontuou ainda.
O religioso se dirigiu aos cristãos falando sobre os passos da morte: "Todos nós daremos o último passo. Alguns podem me dizer 'padre, não seja tão trágico', mas essa é a verdade. O importante é que esse último passo precisa encontrar o caminho, não passeando, mas o caminho da vida, e não, um labirinto sem fim".
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