O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (30) a retirada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de sua lista de organizações terroristas. A decisão de Joe Biden gerou polêmica e dividiu opiniões entre os americanos.
"O Departamento de Estado revoga a designação das Farc como organização terrorista estrangeira. Após um acordo de paz de 2016 com o governo colombiano, as Farc foram dissolvidas e desarmadas oficialmente. Não existem como organização unificada dedicada ao terrorismo ou a atividades terroristas, ou com a capacidade ou intenção de fazê-lo", disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.
O gesto, no entanto, foi aplaudido da Colômbia pelo ex-comandante guerrilheiro, Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko.
"Saúdo a decisão do Departamento de Estado dos Estados Unidos de remover as Farc-EP da lista de organizações terroristas. É um reconhecimento do nosso compromisso com a paz e nosso cumprimento rigoroso com o que foi acordado no Acordo de Paz", escreveu ele no Twitter.
Biden havia declarado sua intenção de retirar as Farc de sua lista de organizações terroristas em 23 de novembro, às vésperas do quinto aniversário do pacto de paz entre o governo colombiano e a ex-guerrilha, que levou ao seu desarmamento e dissolução, após décadas.
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Os Estados Unidos designaram oficialmente as Farc como organização terrorista estrangeira em 1997, em meio ao confronto de seis décadas com o Estado colombiano. Em 24 de novembro de 2016, após negociações em Cuba, o grupo guerrilheiro depôs as armas e assinou um acordo de paz com o então presidente colombiano Juan Manuel Santos.
No entanto, o rótulo de organização terrorista continuou a afetar o ex-grupo rebelde marxista, agora transformado em um partido político.
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