O presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2022, Nasser Al-Khater gerou polêmica ao dar declarações no mínimo contestáveis na última quarta-feira (1). O dirigente pediu que não haja demonstrações homoafetivas em público durante as competição no Catar, que será realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2022.
"Eles virão ao Catar como torcedores e participantes de um torneio de futebol e poderão fazer o que qualquer outro ser humano faria. As demonstrações de afeto são desaprovadas e isso se aplica a todos", afirmou Nasser Al-Khater em entrevista à BBC.
Um dos principais nomes à frente dos bastidores do torneio, Al-Khater citou o histórico conservador de alguns países do Oriente Médio para falar da cultura local. A homossexualidade é considerada crime em algumas nações da região.
"O Catar e seus países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos aos torcedores que o respeitem. Temos certeza que o farão, assim como respeitamos as diferentes culturas, esperamos que a nossa também seja", prosseguiu o dirigente.
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Durante a entrevista, Nasser Al-Khater foi questionado sobre o jogador Josh Cavallo, que se declarou publicamente como homossexual. O atleta afirmou que tem medo de estar em um país como o Catar, que tem histórico de represálias à comunidade LGBTQIA+.
"Damos as boas-vindas e convidamos eles a conhecer o país antes da Copa. Ninguém se sente ameaçado aqui, acho que essa percepção se deve às múltiplas denúncias e notícias que dão um olhar negativo ao país", completou Al-Khater.
As relações homossexuais são proibidas por lei no Catar. As penas podem variar entre um a 10 anos de prisão. Vizinhos da sede da próxima Copa do Mundo, Arábia Saudita, Sudão e Irã são países que punem homossexuais até com pena de morte.
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