A identificação de uma nova cepa do novo coronavírus, a Ômicron, está gerando pânico e deixou diversos países em alerta máximo. Até o momento foram anunciados casos em todos os continentes e, desde então, os cientistas estão estudando como essa nova variante se comporta no organismo humano.
Por outro lado, laboratórios de vários cantos do mundo estão correndo contra o tempo para a fabricação de um imunizante que seja capaz de neutralizar a nova cepa, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é muito transmissível e perigosa devido ao alto número de mutações.
A farmacêutica Sinovac espera que "em três meses" tenha pronta uma nova versão da vacina CoronaVac adaptada à variante Ômicron. O anúncio foi feito nesta terça-feira (7) pelo vice-presidente da empresa chinesa em simpósio organizado pelo Instituto Butantan de São Paulo, produtor do imunizante no Brasil.
"O desenvolvimento da vacina contra a cepa Ômicron será concluído em três meses", com uma capacidade de produção entre "1 bilhão e 1,5 bilhão de doses por ano", disse Yaling Hu, que também faz parte do grupo especializado da OMS.
Esse processo para adaptar a droga à nova variante, inicialmente detectada na África do Sul no final de novembro, já começou e inclui um plano para avaliar a eficácia por meio de experimentos em laboratório e, em seguida, em humanos de diversas idades, segundo o executivo.
"Na primeira avaliação, queremos isolar o vírus e fazer um teste de anticorpos neutralizantes, incluindo diferentes agendas de imunização", explicou Yaling Hu.
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Segundo dados do Butantan, a CoronaVac "tem sido utilizada em 45 países" desde o início da pandemia, que já causou mais de 5,2 milhões de mortes em todo o mundo.
Até o momento, seis casos da variante Ômicron foram registrados no Brasil: três em São Paulo, os primeiros na América Latina, dois no Distrito Federal e o outro no Rio Grande do Sul, estado que faz fronteira com o Uruguai e a Argentina.
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