Os debates sobre o uso da cannabis para fins medicinais tem ganhado espaço nos últimos anos, principalmente pelo interesse nas regulações propostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela discussão do tema no Congresso Nacional. O Brasil caminha a passos lentos para a legalização dos do uso para fins medicinais. Países como Canadá, Uruguai, Espanha, Holanda e alguns estados americanos, já permitiram o uso não só para fins medicinais, mas também para o uso recreativo.
Com base em estudos científicos de duas universidades dos Estados Unidos, foi descoberto que os compostos encontrados no cânhamo, uma planta da espécie Cannabis semelhante à maconha, podem auxiliar no tratamento e prevenção da Covid-19. A pesquisa teve os resultados publicados na última segunda-feira (10), na revista científica Journal of Natural Products.
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De acordo com os pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon e da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, os dois compostos não são psicoativos como o tetrahidrocanabinol (THC) e têm um bom perfil de segurança para serem usados em seres humanos.
Os testes com os dois ácidos canabinoides, o canabigerólico (CBGA) e o canabidiólico (CBDA), mostraram que as substâncias se ligaram à proteína spike do coronavírus e bloquearam a entrada do vírus nas células humanas, impedindo a infecção.
“Estes ácidos canabinóides são abundantes no cânhamo e em muitos extratos da planta”, afirmou Richard van Breemen, principal autor do estudo.
“Oralmente biodisponíveis e com um longo histórico de uso humano seguro, esses canabinoides, isolados ou em extratos de cânhamo, têm o potencial de prevenir e tratar a infecção por Sars-CoV-2”, escreveram os cientistas no artigo com os achados da pesquisa.
Ainda segundo eles, a descoberta pode ser usada para o desenvolvimento de medicamentos destinados ao tratamento e prevenção da Covid-19.
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