Desde que o conflito entre Rússia e Ucrânia iniciou, sete oligarcas, todos próximos do presidente Vladimir Putin, morreram. As mortes foram atribuídas a suicídios ou acidentes, contudo, tiveram circunstâncias muito misteriosas.
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Há a possibilidade de que sejam assassinatos disfarçados, segundo observadores habituados aos métodos de vingança conhecidos do líder russo. O caso mais recente envolveu Alexander Subbotin, 43, ex-diretor da LukOil. Todos eram executivos de empresas gigantes ligadas ao governo russo, como a estatal de energia Gazprom.
As mortes tiveram alta repercussão mundial e, com isso, semelhanças entre uma e outra foram sendo percebidas.
O fato de essas mortes terem ocorrido no contexto do conflito russo-ucraniano, que levou à multiplicação das sanções econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos contra os oligarcas russos, em particular o congelamento de seus bens, contribui para as suspeitas.
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A hipótese de suicídio pode ter relação com o medo da falência, por causa das sanções ocidentais. Mas eventuais assassinatos, motivados por traição ao presidente Putin, não podem ser descartados, de acordo com analistas. Os bilionários russos são obrigados a reafirmarem ou não a sua lealdade ao governante neste momento.
Quem são eles?
Alexander Subbotin
Tinha 43 anos e foi diretor da LukOil, companhia petrolífera russa, membro do conselho de administração da Lukoil Trading House LLC e se tornou proprietário de uma companhia de transporte marítimo nas margens do golfo da Finlândia. Ele é irmão de Valery Subbotin, ex-vice-presidente da LukOil.
Sergey Protosenya
Ex-diretor executivo da Novatek, a segunda maior empresa de gás da Rússia, foi encontrado morto em 20 de abril, aos 55 anos, enforcado no jardim de uma mansão em Lloret del Mar, na Espanha, ao lado dos cadáveres esfaqueados de sua esposa Natalya, 53, e da filha Maria, 16 anos. A polícia espanhola investiga a hipótese de um duplo homicídio perpetrado pelo oligarca, seguido de suicídio. Protosenya tinha uma fortuna avaliada em mais de US$ 400 milhões.
Vladislav Avaev
No dia anterior, em 19 de abril, o corpo de Avaev, ex-vice-presidente do banco russo Gazprom e ex-oficial do Kremlin, e os de sua esposa e filha foram descobertos em um apartamento em Moscou com marcas de balas. Como uma arma foi encontrada ao lado do corpo de Vladislav e o apartamento estava trancado por dentro, a polícia prioriza a hipótese de suicídio.
Leonid Schulman
Diretor da Gazprom, de 60 anos, foi encontrado morto no banheiro de sua residência, em São Petersburgo, no final de janeiro. No local, foi encontrada uma carta falando sobre suicídio.
Alexander Tyulyakov
Vice-diretor da Gazprom, de 61 anos, foi encontrado enforcado em um chalé, na região de São Petersburgo. Uma carta de despedida foi encontrada.
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Mikhail Watford
Um magnata do petróleo, de 66 anos, foi encontrado enforcado na garagem de sua mansão, no subúrbio de Londres.
Vasily Melnikov
Ex-funcionário da empresa de equipamentos médicos MedStom, ele foi encontrado morto em seu apartamento na cidade de Nizhny Novgorod, ao lado da esposa e dois filhos de 4 e 10 anos. Nenhum vestígio de luta ou de invasão de domicílio foi registrado.
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