Iniciada no dia 24 de fevereiro e sem previsão de acabar, a guerra entre Rússia e Ucrânia completa hoje seus 101 dias, segundo as autoridades ucranianas, a Rússia controla 20% da Ucrânia, avançando leste, sul ao longo da costa do mar negro e do mar de Azov, controlando também um corredor costeiro estratégico que liga o leste da Rússia a Crimeia.
O papa Francisco afirmou neste sábado (4) que se reunirá em breve com autoridades ucranianas para discutir a possibilidade de uma visita ao país.
Francisco revelou a futura reunião em uma sessão de perguntas e respostas com crianças em um dos principais pátios do Vaticano.
Um garoto ucraniano chamado Sachar perguntou: "Você pode vir à Ucrânia para salvar todas as crianças que estão sofrendo lá agora?".
Francisco, 85 anos, que tem usado uma cadeira de rodas por causa de dores no joelho, respondeu que pensa com frequência nas crianças ucranianas e que queria visitar o país, mas tinha que escolher a hora certa.
"Não é fácil tomar uma decisão que pode causar mais danos do que fazer o bem ao resto do mundo. Tenho que encontrar o momento certo de fazê-la", disse, segundo a transcrição do Vaticano sobre o evento.
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"Na próxima semana, receberei representantes do governo ucraniano, que virão aqui conversar, e falar até sobre uma possível visita minha. Vamos ver o que acontece", disse Francisco.
A guerra na Ucrânia forçou o Vaticano a realizar um equilíbrio diplomático delicado, muitas vezes oferecendo mediar o fim do conflito.
Francisco criticou implicitamente o presidente russo, Vladimir Putin, várias vezes por causa da invasão, mas sem citá-lo. Ele também tem usado termos como "agressão injustificada" e "invasão" e lamentou as atrocidades contra civis.
Francisco foi convidado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pelo prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, pelo arcebispo Sviatoslav Shevchuk, da Igreja Católica Bizantina da Ucrânia, e pelo embaixador da Ucrânia ao Vaticano, Andriy Yurash.
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