O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrenta uma forte crise política, após a saída de mais dois de seus ministros. O político precisa lidar com uma demissão em massa de importantes ministros e autoridades de menor escalão, que estão se desligando do governo em protesto contra a sua liderança. Pelo menos 27 membros do governo já pediram para sair.
Na noite da terça-feira(6), foi a vez dos secretários de Finanças e de Saúde renunciarem diante do último escândalo do primeiro-ministro. Boris foi acusado por um ex-funcionário do Ministério das Relaçoes Exteriores de ter nomeado o agora ex-secretário Christopher Pincher, sabendo que o mesmo colecionava queixas de má conduta sexual. O primeiro-ministro teria mentido ao afirmar que não sabia das acusações.
A debandada continuo na quarta-feira (6), com mais membros do governo pedindo demissão.
Lista de renúncias no governo Boris Johnson:
Quarta-feira (6):
Mims Davies, secretária no Departamento de Trabalho e Pensões
Lee Rowley, secretário no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial
Neil O’Brien, secretário no Departamento de Nivelamento, Habitação e Comunidades
Julia Lopez, secretária no Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte
Alex Burghart, secretário no Departamento de Educação
Kemi Badenoch, secretária no Departamento de Nivelamento, Habitação e Comunidades
David Johnston, secretário no Departamento de Educação
Claire Coutinho, secretária no Departamento do Tesouro de Sua Majestade
Selaine Saxby, secretária no Departamento de Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais
Stuart Andrew, ministro de Habitação Jo Churchill, ministra júnior no Departamento de Ambiente, alimentação e Assuntos Rurais
Victoria Atkins, ministra júnior do Interior
John Glen, ministro de Serviços Financeiros
Felicity Buchan, secretária no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial
Will Quince, ministro para as Crianças e Famílias
Laura Trott, secretária do Departamento de Transportes
Robin Walker, ministro de Estado para Padrões Escolares
Terça-feira (5):
Rishi Sunak, ministro das Finanças
Sajid Javid, ministro da Saúde
Bim Afolami, vice-presidente do Partido Conservador
Saqib Bhatti, secretário no Departamento de Saúde e Assistência Social
Jonathan Gullis, secretário na Secretaria de Estado da Irlanda do Norte
Nicola Richards, secretária no Departamento de Transportes
Alex Chalk, procurador-geral da Inglaterra e País de Gales
Virginia Crosbie, secretária para o Gabinete do País de Gales
Andrew Murrison, enviado comercial no Marrocos
Theo Clarke, enviado comercial no Quênia
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Com o aumento no número de pedidos de demissões, muitos questionam se o primeiro-ministro está apto a continuar com seu governo. Mesmo dentro do próprio partido, Boris Johnson enfrenta hostilidade.
Os legisladores do Partido Conservador, Chris Skidmore e Tom Hunt, declararam sentir desconfiança no primeiro-ministro. Cada vez mais, o líder britânico enfrenta pedidos para que deixe o cargo.
Durante sua declaração no parlamento britânico, nesta quarta-feira (6), Boris foi questionado por um legislador de seu próprio partido se ele achava que havia alguma circunstância em que deveria renunciar.
"Claramente, se houvesse circunstâncias em que eu sentisse que era impossível para o governo cumprir o mandato que nos foi dado, ou se eu sentisse, por exemplo, que estávamos sendo frustrados em nosso desejo de apoiar o Povo ucraniano... então eu faria", disse Johnson.
"Mas, francamente, o trabalho de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis quando você recebe um mandato colossal é continuar. E é isso que eu vou fazer”, acrescentou Johnson.
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