Pelo menos 15 mortos, incluindo uma criança e um líder jihadista. Este foi o saldo da sexta-feira (5) na Faixa de Gaza, após ataques do exército de Israel. O bombardeio realizado por caças israelenses tinha como alvo o grupo armado Jihad Islâmica, que acusou o Estado judeu de querer "começar uma guerra" contra o povo palestino.
Vários habitantes de Gaza ficaram feridos em ataques em Khan Younis, no sul de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, organização islâmica que governa a região. Testemunhas e fontes de segurança palestinas disseram ter visto vários ataques, incluindo um no centro da Cidade de Gaza.
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O exército israelense, por seu turno, estima o número de mortos em 12 e enfatiza que as incursões ainda não terminaram. O Ministério da Saúde em Gaza, por sua vez, relatou 15, incluindo uma menina de cinco anos, e um líder da Jihad Islâmica, Tayssir Al-Jabari.
O primeiro-ministro israelense justificou esta operação dirigida "contra uma ameaça imediata" ao Estado judeu.
"Israel conduziu uma operação precisa de contraterrorismo contra uma ameaça imediata", disse Yair Lapid na televisão. "A Jihad Islâmica é um representante do Irã que quer destruir o Estado de Israel e matar israelenses inocentes. (...) Faremos o que for preciso para defender nosso povo", acrescentou.
Por sua vez, a Jihad Islâmica disse em um comunicado que "o inimigo iniciou uma guerra contra nosso povo e devemos defender coletivamente a nós mesmos e nosso povo, não permitiremos que as políticas de nosso inimigo prejudiquem nossa resistência".
O braço armado do grupo palestino, as Brigadas Al-Quds, anunciou que disparou "mais de 100 foguetes" da Faixa de Gaza contra Israel, a "primeira resposta" aos ataques israelenses ao enclave palestino que o visava.
"Como primeira resposta ao assassinato do comandante em chefe Tayssir Al-Jabari e seus irmãos mártires, as brigadas Al-Quds cobriram Tel Aviv, as cidades centrais (de Israel) e as regiões ao redor de Gaza. Mais de 100 foguetes", disseram as brigadas em um comunicado.
Razões imediatas do conflito
Este novo aumento nas tensões ocorre após a prisão na segunda-feira de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia ocupada, Bassem Saadi. As autoridades israelenses temiam ataques de represália da Faixa de Gaza, um enclave controlado pelos islâmicos do Hamas, onde a Jihad Islâmica está bem estabelecida.
Esta nova escalada de violência é o pior confronto entre o Estado judeu e as organizações armadas em Gaza desde a guerra de onze dias em maio de 2021, que deixou 260 mortos no lado palestino, incluindo combatentes, e 14 mortos em Israel, incluindo um soldado. segundo as autoridades locais.
Em 2019, a morte de um comandante da Jihad Islâmica em uma operação israelense já havia levado a vários dias de trocas mortais de tiros entre o grupo armado e Israel. O Hamas, que lutou contra o Estado judeu em várias guerras desde que assumiu o poder em 2007, manteve distância dos confrontos.
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