A violência religiosa ainda é muito comum em diversas partes do mundo, provocada, principalmente, pelo extremismo e intolerância de algumas crenças históricas com séculos de existência.
Na última sexta-feira (12), o escritor indiano Salman Rushdie, de 75 anos, se preparava para subir ao palco de uma palestra no estado norte-americano de Nova York quando foi atacado e esfaqueado por um homem, identificado como Hadi Matar, de 24 anos, que uava uma máscara e roupas pretas.
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O autor literário foi resgatado de helicóptero e encaminhado até um hospital. O agente de Rushdie, Andrew Wylie, contou que a vítima sofreu perfurações no pescoço e abdômen, que atingiram o fígado, nervos e vias sanguíneas. Além disso, o escritor pode perder um dos olhos.
Novas informações sobre o estado de saúde de Salman Rushdie divulgadas por agências de notícias internacionais revelam que o escritor estaria ligado a um respirador e impossibilitado de falar.
Ahmed Salman Rushdie é autor do livro 'Versos satânicos' e ameaçado de morte pelo Irã. pic.twitter.com/So0msY8qhQ
— Fernanda Picchirulle Tonelli C. MacMillan (@floresdepapel6) August 12, 2022
Os motivos para o atentado a Rushdie ainda são investigados pelo FBI. Ele, que vem de uma família muçulmana indiana, teve que lidar com ameaças de morte por conta de uma da suas obras, intitulada de "Versos Satânicos", de 1988.
O livro chegou a ser banido em diversos países de maioria muçulmana. No ano seguinte ao lançamento, o aiatolá Ruhollah Khomeini, então líder supremo do Irã, decretou uma fatwa, ou édito religioso, onde ordenou que os seguidores do islamismo matassem Salman Rushdie por blasfêmia.
Em 2017, o sucessor de Khomeini, Ali Khamenei afirmou que o decreto estabelecido em 1989 ainda era válido.
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