O mundo entrou em choque com uma cena que poderia ter virado uma verdadeira tragédia. A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um atentado na noite de quinta-feira (1º), enquanto chegava em sua residência, em Buenos Aires, e cumprimentava apoiadores.
O homem, identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, apontou uma pistola em direção ao rosto de Kirchner e efetuou um disparo, porém a arma falhou. Ele foi preso em seguida.
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Informações sobre o ocorrido passaram a circular na imprensa mundial e foi descoberto que o suspeito é brasileiro, porém filho de pai argentino e mãe chilena.
Até o momento, ainda não se sabe o que teria motivado o homem a cometer o atentado contra a vice-presidente argentina.
O presidente do país, Alberto Fernández, realizou um pronunciamento oficial no fim da noite de quinta, em cadeia nacional de televisão, onde condenou a ação e a classificou o episódio como um "ataque à democracia".
“[O ataque] é o mais grave que aconteceu desde a recuperação da democracia. (…) Este ataque merece o mais forte repúdio de todos os setores políticos, de todos os homens e mulheres que compõem a República. Esses fatos afetam nossa democracia”, destacou.
“Estamos diante de um fato de extrema gravidade institucional e humana. Nossa vice-presidente foi atacada e a paz social foi perturbada. A Argentina não pode perder mais um minuto. (…) É necessário banir a violência e o ódio do discurso político e midiático e de nossa sociedade”, ressaltou.
VEJA O MOMENTO DO ATENTADO:
Como forma de incentivar a celebração da vida de Cristina Kirchner, Fernández decretou feriado nacional nesta sexta-feira (2).
Para finalizar, o presidente argentino pediu compromisso da população com o fim da violência política. “Que o choque, o horror e o repúdio que este evento gera em nós se torne um compromisso permanente para erradicar o ódio e a violência da vida em democracia”, concluiu.
O ATIRADOR
Mais apurações sobre a biografia de Fernando Montiel, feitas pelo Ministério de Segurança da Argentina, mostram que ele possui registro no país para atuar como motorista de aplicativo e já recebeu uma advertência, no ano passado, por andar carregando uma faca de 35 cm.
O homem nasceu em São Paulo, mas vive na Argentina desde a década de 90, para onde se mudou aos seis anos de idade. Informações repasssadas pela polícia argentina apontam que ele possui tatuagens pelo corpo com símbolos característicos do nazismo.
Já a imprensa local afirma que o suspeito se identificava nas redes sociais como Fernando "Salim" Montiel e era seguidor de grupos ligados ao radicalismo e ao ódio.
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