Nos últimos 50 anos, cientistas de todo o mundo têm tentado descobrir por que um raio ziguezagueia no céu, e como ele está conectado à nuvem de trovão. Até tempos atrás, não havia uma explicação definitiva, mas um artigo publicado na revista científica Journal of Physics D: Applied Physics conseguiu desvendar os dois mistérios.
O físico John Lowke, cientista da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO, o órgão de pesquisa científica na Austrália) e agora professor da Universidade do Sul da Austrália (UniSA) , diz que a física do raio tem confundido as mentes científicas por décadas.
Para o pesquisador, as descobertas se tornam ainda mais importantes em virtude dos eventos extremos associados às mudanças climáticas.
“Existem alguns livros didáticos sobre raios, mas nenhum explica como os ziguezagues (chamados degraus) se formam, por que a coluna eletricamente condutora que conecta os degraus com a nuvem permanece escura e como o raio pode viajar por quilômetros”, afirmou Lowke.
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Segundo o cientista, o raio acontece quando os elétrons atingem as moléculas de oxigênio com energia suficiente para criar moléculas de oxigênio delta-singlete de alta energia. Depois de colidirem com as moléculas, os elétrons “descolados” formam uma etapa altamente condutora – inicialmente luminosa – que redistribui o campo elétrico, causando etapas sucessivas.
Ainda segundo o especialista, a coluna condutora que conecta o degrau à nuvem permanece escura quando os elétrons se ligam às moléculas neutras de oxigênio, seguido pelo desprendimento imediato dos elétrons pelas moléculas delta-singlete.
“Precisamos entender como o raio é iniciado para que possamos descobrir como proteger melhor edifícios, aviões, arranha-céus, igrejas valiosas e pessoas”, disse o dr. Lowke.
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