Cientistas dos Estados Unidos conseguiram decifrar o conteúdo de um "livro perdido" de cerca de dois mil anos encontrado em Herculano, cidade que foi destruída junto com Pompeia, na famosa erupção do Vesúvio no ano 79 d.C. Com a ajuda de uma Inteligência Artificial, os pesquisadores descobriram que o manuscrito menciona várias vezes Alexandre, o Grande.
Alexandre, o Grande tornou-se rei da Macedônia depois que seu pai foi assassinado, em 336 a.C. Durante os 13 anos seguintes, ele liderou uma série de campanhas militares que levaram os macedônicos a conquistarem a Pérsia, o Egito e partes da Índia.
O documento milenar foi encontrado em uma vila de Herculano entre os papiros carbonizados pela erupção vulcânica. Em 1804 o papiro foi entregue a Napoleão Bonaparte, que o doou ao Instituto da França, em Paris, onde ainda permanece. Em 1986, pesquisadores tentaram desenrolar o papiro, mas acabaram danificando o texto histórico.
Agora, por meio de escaneamento e tomografia computadorizada, arqueólogos das universidades de Michigan e Kentucky conseguiram obter imagens digitais em 3D das inscrições. Depois disso, eles conseguiram treinar softwares para detectar tinta nesses documentos, permitindo com que eles pudessem ser lidos. Além de Alexandre, o Grande, o texto menciona generais macedônicos que o sucederam, como Seleuco, que governou grande parte do território no Oriente Médio, e Cassandro, que governou a Grécia.
Até o momento, o trabalho está progredindo lentamente e tornando o texto mais legível, mas muito do conteúdo do pergaminho permanece um mistério. Também não se sabe quem o escreveu, nem o que ele estava fazendo na vila onde foi encontrado.
Richard Janko, pesquisador da Universidade de Michigan, sugere que o documento podia ter servido como material de consulta do filósofo Filodemo, autor de outros textos descobertos anteriormente no local.
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