Um novo estudo revelou segredos dos rituais de sacrifícios humanos praticados pelos incas. Ao analisar os restos mortais de crianças oferecidas aos deuses no vulcão Ampato, no Peru, arqueólogos descobriram traços de drogas alucinógenas e estimulantes. Teste toxicológico indicou a presença de cocaína e de substâncias presentes no ayahuasca (chá com potencial alucinógeno capaz de provocar alterações na consciência por um período de até 10 horas).
O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Archaeological Science: Reports. Para a pesquisa, os cientistas analisaram amostras de cabelos e unhas de duas crianças. Elas foram sacrificadas em um ritual conhecido como capacocha há cerca de 500 anos. As vítimas tinham entre seis e sete anos de idade quando foram mortas.
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Os testes de ambas as crianças deram positivo para cocaína. Isso sugere que elas receberam folhas de coca para mastigar durante suas últimas horas de vida. Além disso, foram encontrados vestígios dos alcaloides harmina e harmalina, presentes no Banisteriopsis caapi, cipós usado para preparar chá alucinógeno de ayahuasca.
Como esses alcaloides são conhecidos por aumentar os níveis de serotonina no cérebro e gerar efeitos antidepressivos, os pesquisadores sugerem que as vítimas receberam a substância antes do sacrifício para ajudá-las a permanecer positivas. Essa teoria é reforçada pelos diários dos primeiros conquistadores espanhóis, que relataram que o humor das vítimas era considerado de grande importância para o sucesso dos rituais de sacrifício inca.
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