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Privada milenar achada em Jerusalém revela doença medonha

Pesquisadores detectaram diversos parasitas nas fezes fossilizadas de uma família que morava na região

Imagem ilustrativa da notícia Privada milenar achada em Jerusalém revela doença medonha camera Cinco tipos de parasitas foram encontrados no local | REPRODUÇÃO/TWITTER/@CITYOFDAVID

Arqueólogos fizeram uma descoberta surpreendente em Jerusalém que lança luz sobre uma doença antiga e assustadora. Um vaso sanitário de mais de 2.500 anos foi encontrado durante escavações na cidade histórica, revelando pistas intrigantes sobre a saúde e os hábitos de higiene do passado. O estudo foi publicado na íntegra no International Journal of Paleopathology.

A descoberta foi feita por uma equipe de arqueólogos durante um projeto de escavação no coração de Jerusalém. Enquanto escavavam uma área conhecida por conter ruínas antigas, os pesquisadores encontraram uma privada bem preservada, que se acredita ser datada de séculos atrás.

Uma privada de quase 3 mil anos foi encontrada em casa nobre da antiguidade de Israel, onde, no mesmo local, foram encontrados ovos de vermes causadores de doenças intestinais
📷 Uma privada de quase 3 mil anos foi encontrada em casa nobre da antiguidade de Israel, onde, no mesmo local, foram encontrados ovos de vermes causadores de doenças intestinais |(Imagem: Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação)

Apesar de inicialmente parecer apenas uma descoberta comum, a análise cuidadosa dos restos depositados na privada revelou algo surpreendente. Através da análise de amostras de fezes fossilizadas, os cientistas identificaram a presença de uma doença ancestral que assolou a humanidade no passado.

A doença em questão é conhecida como "febre tifóide", uma infecção bacteriana transmitida principalmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados. A febre tifóide era uma doença particularmente perigosa antes do desenvolvimento de medidas de saneamento modernas, e sua descoberta nas amostras da privada destaca a precariedade das condições de saúde no passado.

A análise das amostras também revelou informações sobre a dieta e os hábitos alimentares dos antigos habitantes de Jerusalém. Restos de alimentos como grãos, sementes e fibras vegetais foram encontrados nas fezes, fornecendo uma visão sobre os alimentos consumidos na época. Além disso, traços de parasitas foram identificados, sugerindo a presença de más condições sanitárias.

Os ovos fossilizados dos vermes intestinais extraídos de sítio arqueológico em Jerusalém mostram que população da cidade, há 3 mil anos, lidou com um longo surte de doenças.
📷 Os ovos fossilizados dos vermes intestinais extraídos de sítio arqueológico em Jerusalém mostram que população da cidade, há 3 mil anos, lidou com um longo surte de doenças. |(Imagem: Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação)

Além da febre tifóide, foram encontradas evidências da doença Giardia duodenalis, mais conhecida como disenteria. Os parasitas causadores dessa infermidade provocam diarreia, cólicas abdominais e perda de peso. E afetam principalmente as crianças, podendo prejudicar seu desenvolvimento e crescimento.

O estudo mostrou ainda que ovos de mais quatro tipos de parasitas intestinais – tênia, oxiúros, lombriga e whipworm – estavam presentes nas fazes quase fossilizadas das pessoas que moravam no local.

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Essa descoberta arqueológica oferece uma perspectiva fascinante sobre a vida cotidiana e os desafios de saúde enfrentados pela população de Jerusalém no passado distante. Ela destaca a importância do progresso nas áreas de higiene e saneamento, bem como nos avanços médicos, que transformaram a qualidade de vida e reduziram a incidência de doenças antigas e devastadoras.

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