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LEVANTE NA RÚSSIA

Rebelião do grupo mercenário Wagner recua após negociações

Líder do grupo paramilitar acusa ministro da Defesa de bombardeio, mas levante perde força

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Imagem ilustrativa da notícia Rebelião do grupo mercenário Wagner recua após negociações camera O grupo afirmou que seguiria para Belarus após acordo | Reprodução

Na última sexta-feira (23), o Grupo Wagner deu início a uma rebelião contra o governo do presidente russo, Vladimir Putin. Sob a liderança de Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, os mercenários declararam guerra ao alto comando militar russo, acusando o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, de bombardear um acampamento do grupo que estava estacionado na linha de frente do conflito com a Ucrânia. No entanto, no final do sábado, dia 24 de junho, todas as partes envolvidas recuaram, afastando a possibilidade de derrubar Putin.

Inicialmente, o grupo paramilitar havia tomado o controle da cidade de Rostov-on-Don, próximo à fronteira com a Ucrânia. Eles haviam prometido marchar até Moscou para remover do poder o governo que descreveram como "mentiroso, corrupto e burocrático". De acordo com Prigozhin, o Grupo Wagner conta com aproximadamente 25.000 soldados.

Horas depois da ameaça, a tensão aumentou. O presidente Vladimir Putin classificou a ação como uma "punhalada nas costas" e prometeu punições severas aos membros do Grupo Wagner. Inicialmente, o líder do Kremlin afirmou que as forças leais ao país receberam as ordens necessárias para reprimir a rebelião.

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No final do sábado, Yevgeny Prigozhin deixou a Rússia e anunciou que seguiria para Belarus, onde pretende permanecer após ter fechado um acordo com o presidente Aleksandr Lukashenko. O Kremlin também anunciou um completo recuo na hostilidade planejada contra o Grupo Wagner. Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, informou que o processo criminal contra Prigozhin seria arquivado.

QUEM É O GRUPO PARAMILITAR MERCENÁRIO WAGNER?

Em janeiro de 2023, os Estados Unidos classificaram o Grupo Wagner como uma "organização criminosa transnacional". A declaração foi feita por John Kirby, coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional. Segundo Kirby, cerca de 50.000 mercenários estariam envolvidos no campo de batalha, sendo 10.000 contratados e 40.000 prisioneiros russos.

Fundado em 2014 pelo tenente-coronel Dmitry Valerievich Utkin, de 53 anos, o Grupo Wagner é a principal organização de mercenários que atua em operações militares alinhadas aos interesses de Putin. Esse grupo é utilizado para realizar ações que não podem ser executadas pelo exército russo, uma vez que poderiam gerar condenação por parte da comunidade internacional.

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