Dezenas de milhões de pessoas enfrentaram no último domingo (16) uma onda de calor extremo nos Estados Unidos, em mais uma demonstração das consequências da crise climática.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) alertou para uma onda de calor extremamente perigosa da Califórnia ao Texas pelos próximos dias.
Na tarde de sábado, a cidade de Phoenix, no estado do Arizona, registrou 47°C, no 16º dia consecutivo com máximas superiores a 43 graus. No centro e no sul da Califórnia, os termômetros marcaram entre 41°C e 45°C.
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Na região do Vale da Morte, um dos locais mais quentes do mundo, a temperatura atingiu 51°C no sábado e chegou à escaldante marca de 56 graus no domingo.
Funcionários de serviços de emergência e um escritório do governo focado em ajudar a cidade a lidar com o calor distribuíram água engarrafada para moradores de rua e os encorajaram a procurar abrigo em estações públicas de resfriamento.
"Quando bebo apenas água, eu fico tonto, quero vomitar por causa do calor, preciso de outra coisa, uma Coca Cola, um Gatorade, e gelado, para conseguir ficar bem", afirmou à agência de notícias AFP um mexicano de 28 anos, que se identificou apenas como Juan, um trabalhador do setor da construção em Houston, no Texas.
Quase um terço dos moradores dos Estados Unidos, do Oregon ao Texas, estão sob alerta, já que uma onda de calor extremo assola o oeste e o sudoeste do país por causa de uma cúpula de ar de alta pressão que impede a chuva de chegar.
O calor é um dos eventos meteorológicos mais letais, recordou recentemente a Organização Meteorológica Mundial. No verão do ano passado, mais de 60 mil pessoas morreram em consequência de temperaturas extremas apenas na Europa, indicou um estudo recente.
Cientistas dizem que a crise climática causada por combustíveis fósseis está trazendo temperaturas mais quentes e mortais, alertando que o mundo precisa reduzir drasticamente as emissões de carbono para evitar seus efeitos catastróficos.
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